terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Ao Meu Lado


Faltavam três dias para a véspera de Natal e eu estava indo para a estação, onde pegaria um ônibus para visitar meus avós. Eles moram no interior e todos os anos eu ia passar o Natal por lá. Como você percebe, dessa vez não parecia ser diferente.

Coloquei minhas bagagens e subi para escolher uma poltrona no fundo. Eu sabia que, como estava sozinha qualquer um poderia sentar ao meu lado, então não esperei que o príncipe estivesse naquele ônibus. Ia só dormir e ouvir umas boas musicas.

Não deu nem tempo de eu ligar o Ipod, um garoto lindo entrou no ônibus e veio em direção do fundo. Acredito que eu tenha ficado de queixo caído, porque ele deu um leve sorriso e, depois de perguntar se o lugar estava vago, se sentou ao meu lado, também com fones de ouvido. Fiquei com vontade de olhar para ele sem parar, mas eu ainda tinha umas boas horas pra isso, então só fiquei escutando musica e me fazendo de difícil.

Depois de algumas horas ele pegou no sono e, como não tinha lugar para encostar, sua cabeça caiu sobre meu ombro. Eu fiquei sem me mexer, com medo de acordá-lo. Assim ficamos até o final da viagem, quando eu disse que tínhamos chegado e ele sorrindo quando disse:

- A gente se vê.

Fiquei uma semana com meus avós. Gosto de vê-los, mas gosto de sair também, então fui dar uma volta por ali mesmo até dar o horário da viagem de volta para casa. Quis ir sozinha, porque precisava tomar um ar e olhar o movimento.

Cheguei em uma praça e sentei-me no degrau da fonte. Fiquei apenas olhando as pessoas passarem, eu estava sozinha ali na cidade, devia ter pensando em levar alguma amiga comigo, seria mais fácil, os dias passariam mais rápido. Comecei a pensar no garoto que tinha se sentado ao meu lado no ônibus e, de repente, alguém me pergunta:

- O lugar do seu lado ta vago?

Por mais que eu não acreditasse, eu estava vendo. Era ele. Primeiro eu fiquei um pouco tímida enquanto ele ria, me fazendo rir. Depois começamos a conversar, mas não falamos muito sobre nossas vidas, mas falamos sobre todo o resto.

Chegamos um pouco atrasados na estação e já fomos guardando as malas, ele tinha me ajudado a carregar até lá. Nos sentamos no mesmo banco da ida, só que dessa vez éramos amigos, ou pelo menos conhecidos.

Dessa vez foi eu quem voltou dormindo e encostada nele. Confesso que no começo apenas fingi, era muito bom estar tão próxima dele, sentindo seu perfume. Depois que ele começou a fazer cafuné, eu me rendi ao sono.

Quando chegamos na estação descemos do ônibus e fomos nos despedir. Fui direto em sua bochecha, mas ele desviou e me deu um selinho. Quase morri de vergonha, mas ele me abraçou e parecia estar tudo bem, tudo muito bem.

Estava no ponto esperando para ir pra casa, pensando que não ia mais vê-lo, quando percebo que alguém colocou as malas no chão, perto de mim. Era ele de novo. Sem ao menos saber, morávamos em bairros próximos. Entramos no ônibus e nos sentamos no mesmo banco. Depois disso não ficamos mais em bancos vazios.





Ás vezes você procura tanto alguém em lugares mais fáceis que, quando está em outros, diferentes, esquece que o amor da sua vida pode estar ao seu lado.

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Esse conto Não é Real.



E você, como passou o Natal? Bem acompanhado(a)?

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Apenas Olhares


Férias, na realidade, foram feitas para o descanso, mas para a maior parte dos adolescentes férias significa sair mais do que no resto do ano inteiro. Era o que eu estava fazendo, saindo e aproveitando meus amigos enquanto não precisava me preocupar com muita coisa. E foi em uma dessas “saídas” que essa história aconteceu.

Eu e alguns amigos fomos á uma lanchonete para conversar e rir um pouco, afinal, não tínhamos nada melhor para fazer. No começo não tinha quase ninguém nas outras mesas, mas aos poucos as pessoas foram chegando. Foi ai que um menino, muito bonito por sinal, entrou com três meninas, uma delas estava de mãos dadas com ele.

Na hora quebrei o olhar entre nós, não queria nada com um garoto comprometido. Me sentiria egoísta de fazer isso. E se eu fosse a namorada dele? Se eu fosse a traída? Não, nem olhares eu queria com ele.

Tentei ignorá-lo a tarde inteira, mas certas vezes eu pegava ele me olhando. Me distrai com meus amigos enquanto conversávamos muito sobre várias coisas. Consegui até esquecer do garoto em alguns momentos, mas ele, quase sempre, não deixava.

Quando ele e as meninas levantaram-se para ir embora, ele me olhou fixamente, até sua namorada me olhou. Fiquei um tanto constrangida, pois enquanto ele me secava com o olhar, ela me matava. E eu sabia que a culpa não era minha, era dele.

Passou-se um tempo, confesso que me esqueci dele completamente. Nunca me peguei pensando nele, eu nem sabia o seu nome, mas se visse-o outra vez me lembraria. E foi assim que o destino quis, nos encontramos novamente.

Foi na mesma lanchonete, dessa vez ele estava sozinho, olhando para o relógio. Me sentei e uma mesa afastada, eu estava com as minhas amigas. Um colega dele chegou, eles se cumprimentaram e ficaram sentados conversando. Ele não parava de me olhar um só segundo. Eu, não sabendo se estava comprometido, resolvi não devolver os olhares.

De repente, minhas amigas decidiram que iam fazer o pedido e, sem me consultar, pediram que eu ficasse lá, dizendo que era rápido. Foi essa a deixa pra ele pedir licença ao amigo e se sentar na minha mesa.

Fiquei boquiaberta quando ele se sentou, sorrindo. Logo que eu ameacei xingá-lo, ou algo do tipo ele colocou um dedo em meus lábios, me fazendo fechá-los. E disse, calmamente:

- Primeiro eu – sorriu tranqüilamente – não estou mais namorando, terminamos há bastante tempo, depois que eu te vi, se é que você quer saber! – É, eu queria, e muito! – Não consigo parar de pensar em você, venho nesta lanchonete quase três vezes por semana, até meus amigos estão achando que é tudo minha imaginação, menos aquele ali – disse apontando para seu amigo, que acenou – que ta vendo você. Bom... – ele respirou fundo – quero tenta te pedir uma coisa. Quero uma chance, quero ser ao menos seu amigo. Eu sinto que eu tenho que ter você na minha vida. Quero que seja mais que amizade, mas sendo minha amiga já ta bom. Por favor, não me deixa mais te esperando...Eu não vou aguentar de novo. Me diz o seu nome...

- Gabriela.

Precisei de uma palavra e um sorriso pra ele se aliviar. Depois disso ele se levantou, me pegou pela mão e, eu, ingênua, pensando que ia me levar a algum lugar, me deu um beijo romântico e toda a lanchonete parou para nos olhar. Nosso primeiro beijo. E depois de dois anos, ainda não sai da vida dele e ainda vamos áquela lanchonete, pelo menos uma vez por semana.




Dizem que as mulheres falam muito mais que os homens, mas as necessidades e as ocasiões pedem poucas ou muitas palavras. Tenha certeza, a melhor palavra se resume em um gesto.


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O conto não é Real.




E você, trocaria um "Eu te Amo" por um beijo apaixonado?


domingo, 12 de dezembro de 2010

Visita Inesperada


Nunca reclamei demais da vida. Sempre estive feliz com meus amigos e familia, acredito que seja uma das coisas mais importantes. Não queria coisas demais, eu até tinha um namorado! Saiamos muito e não eramos de brigar, meus amigos gostavam dele e os dele de mim.

Foi em um dia comum, papai chegou em casa com um largo sorriso no rosto, depois de muito tempo sem sorrir, e contou a "ótima" novidade: mudar de estado. Ele recebeu uma proposta irrecusável no emprego e, claro que, aceitou.

Na hora nem pensei em nada, fiquei até bem de ver ele e mamãe se abraçando e entusiasmados com a futura mudança. Meus irmãos mais novos ficaram felizes também, a reação deles foi quase melhor que a dos meus pais, mas acredito que não tenham entendido que teriam que largar TUDO para mudar.

Só comecei a ficar magoada no meu quarto, quando parei pra pensar na vida, na minha vida. Áquela que eu nunca reclamei, que era boa demais. Talvez por isso que aconteceu tudo, porque tava boa demais.

Chorei no meu quarto, em silencio. Não queria ninguém mal por minha causa, bem agora que estavam todos felizes. Minha irmãzinha de 4 anos entrou no quarto perguntou o motivo para o meu choro, expliquei que teríamos que deixar nossos amigos por aqui. E ela começou a não gostar da ideia de deixar seus amiguinhos da escolinha.

Acabei contando para meus amigos apenas dois dias antes de me mudar, não queria ficar me despedindo por muito tempo, não queria magoar ninguém e nem a mim. Quando ao Diogo, meu namorado, não teve jeito. Terminamos forçados, isso me magoou demais, ele não se conformava, me ligava de 5 em 5 minutos perguntando se não era tudo mentira.

Viajamos. De avião eram 3 horas de viagem, de carro deviam sem mais de 10 horas. Pensei em como faria pra ficar visitando quem deixei por lá, meus amigos, o Diogo, seria complicado e eu sei que sentiria muita falta, mesmo fazendo amigos novos.

Na primeira semana foi uma adaptação, meus irmãos fizeram amiguinhos rápido, mas eu tinha apenas alguns colegas. Falava com meus amigos todos os dias pela Internet, mas o Diogo sumiu, nem o telefone atendia. Pensei que talvez estivesse me evitando para não sofrer tanto, ou seguiu em frente.

Passou-se, então, um mês, a saudade tava brava, acho que em mais um mês ela ficaria doentia. Era sexta-feira, e eu nem saia tanto, não tinha amigos pra isso, só colegas, que me chamavam, mas eu achava chato ir de "intrometida".

Antes de voltar passei na praia, que era caminho do colégio para casa. Acho que aquilo foi a única coisa boa da mudança. Ter a água cobrindo meus pés, aquele sentimento de alivio, onde todos os sentimentos me abandonavam por instantes e voltavam com força depois. Eu perdia a noção da hora.

Cheguei em casa e minha mãe estava rindo sozinha. Perguntei o porque e ela disse que viu uma coisa engraçada na televisão, acabei nem desconfiando de nada. Eu nem estava com cabeça pra isso.

Entrei no meu quarto e coloquei a mochila na cama. De repente, a porta fechou sozinha. Atrás dela tinha um sorriso lindo, que me deixava boba toda vez que o olhava. Seu dono era o Diogo, que foi me visitar e passar o final de semana. Depois de sair de trás da porta ele me deu um abraço muito apertado e um beijo dominado pela saudade. Depois disso distancia nenhuma nos separou.



Não deixe que a distancia acabe com os melhores sentimentos. Perto deles, ela não significa nada além de saudade.

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O conto não é Real.




E você, já sentiu saudade de alguém hoje?


segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O Meu Mundo


Nunca fui uma menina popular no colégio. Acredito que não era nerd também. Não estava em categoria nenhuma, a não ser na dos normais. Tinha poucos amigos, mas eram bons amigos.

Vou dizer que, de verdade, nunca tive vontade de ser uma das pessoas mais reconhecidas na escola, como outros. Os exemplos são: a mais bonita da escola; as outras duas mais bonitas; o mais feio e a mais feia; e, finalmente, o mais bonito, mais galinha, mais forte, mais tudo. É, acho que você já adivinhou, me apaixonei por ele.

Uma vez, tivemos uma festa na escola, e acho que a maioria dos alunos estava lá. Ele também estava lá, com seus amigos. Eu não ligava muito, só o achava bonito demais e, claro que, me sentiria muito feliz se ele, pelo menos, falasse comigo.

Na metade da festa, reparei que muitas pessoas começaram a olhar para mim. Nunca tantas pessoas olharam assim, então, pensei que tinha algo errado com a minha roupa. Foi quando eu escutei: “ O Maurício ta querendo ficar com a excluidinha. Huuuum.”

A excluidinha era eu? Era um apelido novo ou eu não sabia da sua existência, não até agora. Resolvi sair da pista de dança e esperar tudo isso passar, esperar para ver se era verdade que ele iria falar comigo.

Esperei muito tempo, tive muita esperança, mas ela foi se esgotando, até restar bem pouca. Voltei para a pista e, foi ai, que eu vi o Maurício beijando uma menina. Acho que beijar era pouco para a cena que vi. Era a menina mais bonita do colégio e eu já deveria sabe.

Sempre soube que eramos diferentes em tudo. Em amizade, em simpatia, em notas do colégio... Parecíamos até estudar em escolas diferentes. Eram mundos diferentes. Ele queria a mais bonita e não era eu. O jeito era me conformar,alguém ia me querer alguma vez, poderia não ser o mais bonito, poderia ser alguém como eu: normal.

Foi o que aconteceu, conheci um garoto de outro colégio. Eu nem acreditava que o que eu procurei em um galinha, e procurei errado, estava em um cara legal como o meu namorado. Ele não é dos mais bonitos, ele é normal, mas ele é dos mais legais e, assim, dos melhores. O melhor para mim.






Talvez o nosso mundo se divida em outros mundos, mas estes são sociais. Talvez, dentro do seu próprio mundo, você encontre tudo o que precisa para ser feliz.


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O conto não é Real.



O dono do conto, e da ideia, é o @leonardogeri .



E vocês, vivem em mundos diferentes?

domingo, 31 de outubro de 2010

31 de Outubro : Festa de Halloween

Era outubro, mês de Halloween. Todos estavam ansiosos, inclusive eu, pois sempre apareciam muitas festas nessa época. Mas dessa vez foi diferente, o dia 31 foi se aproximando e parecia que ninguém ia fazer uma grande festa, por isso eu decidi organizar uma.

Faltava apenas uma semana para o dia das bruxas, pena que ele ia cair em uma quinta-feira. Pedi ajuda aos meus amigos, cada um organizaria uma coisa: comida, decoração, convites, divulgação. Todos estavam animados com isso, então parecia que ia ser uma ótima festa!

A festa seria na garagem de casa, não era muito grande, nem muito pequena, era do tamanho ideal. Convidei apenas amigos próximos, mas eles poderiam levar seus amigos. Ah! Eu não contei, mas convidei o garoto que eu estava a fim, contava com a presença dele. A decoração eram algumas teias de aranha, algumas abóboras e pouca luz. Tudo parecia ir dando certo aos poucos.

Na quinta-feira á tarde alguns amigos me ajudaram a arrumar tudo, precisava dar tudo certo. Depois cada um foi para sua casa, precisávamos nos arrumar para a grande noite. Eu estava com um sorriso que não sumia do rosto. Minha fantasia era de bruxa, mas eu não usei o chapéu, pois estava com um penteado bagunçado.

Aos poucos meus convidados começaram a chegar. Logo já começaram a colocar músicas e ligaram as luzes. Era uma boa festa. Eu recepcionava cada convidado e seus amigos. Todos pareciam estar ali, menos quem eu desejava mais.

Tentei me divertir, não podia ser uma anfitriã com cara de desapontada, precisava estar bem. Mas as horas foram passando e eu comecei a acreditar que ele realmente não ia para a festa. Deixei os convidados na garagem e fui dar uma volta no jardim.

Tudo estava perfeito para a festa. A Lua era cheia, o vento soprava pouco, não estava muito frio nem muito calor, mas ele não estava lá. No fundo, antes da festa, eu acreditava que, se ele fosse, as coisas entre nós poderiam mudar. Ás vezes por uma simples conversa, pelo menos uma amizade poderia acontecer, mas com ele não indo minhas esperanças se esgotaram.

Fiquei mais um tempo no jardim, estava sentada em um banco. Alguns amigos foram perguntar porque eu estava sozinha lá, eu apenas disse que estava com calor. Minha boca dizia isso, mas meus olhos não mostravam a mesma coisa.

Quando estava sozinha olhando para o chão, alguém se sentou ao meu lado. Preparei-me para dar a desculpa novamente, mas quando olhei quem era, perdi a fala. Sim, era ele. Não consegui para de olhar para o seu rosto, estava todo pintado de vermelho e com dois chifrinhos na cabeça. Ele sorriu, olhou para o chão, olhou para meu rosto e disse:

- Me desculpe pela demora...- ele fez uma pausa pouco dramática – Fiquei horas pensando se deveria vir, se deveria me arriscar...

- Porque se arriscar? – Interrompi.

- Tive medo de chegar e te ver com outro garoto, essa é a verdade.

Fiquei sem palavras, mas ele continuou:

- Decidi vir porque precisava te ver, precisava ouvir a sua voz, pelo menos uma vez. Queria saber se nossas trocas de olhares no colégio valiam mesmo, ou se eram apenas trocas de olhares estranhas. Queria saber se você ia querer...

Sem terminar a frase ele me beijou. O vento fazia meu cabelo se bagunçar mais. Aquele banco e aquele jardim já não existiam mais, nem a festa, nem ninguém, só nós dois. E, até hoje, ainda é assim.



Só no Halloween bruxas terminam festas com diabinhos. Nos outros dias garotos e garotas não terminam, mas continuam suas lindas histórias.

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O conto não é Real.



Como foi sua festa de Halloween?


quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Amor de Vitrine


Vou começa minha historia contando sobre meu novo emprego, que, na verdade, era o meu primeiro emprego. Era em uma loja pequena no centro, uma doceria, para ser mais exata. Talvez o meu primeiro emprego fosse apenas provisório, mas mesmo assim eu já gostava dele.

O meu primeiro dia de emprego foi só um “teste”, apenas aprendi como atender aos clientes e servi-los bem. Acredito que eu tenha feito tudo corretamente, pois nenhum deles fez cara feia ou reclamo, e ainda recebi umas gorjetas.

Passaram-se umas três horas e, ainda bem que, eu não havia me cansado. Fiquei feliz quando minha chefa confessou estar gostando do meu serviço.

Eu estava limpando as mesas, quando, um rapaz me olhava através da vitrine de doces da loja. Logo que ele percebeu que eu olhava de volta, um pouco assustada e um pouco curiosa, voltou ao que fazia antes, varrer a calçada da sapataria ao lado.

Fiquei intrigada, mas não liguei tanto, pois tinha trabalho para terminar. Meu dia logo terminou, o primeiro de muitos dias com emprego e isso parecia ser bom.

Arrumei minhas coisas e fui até o ponto de ônibus. O rapaz da vitrine também estava lá, nos olhamos por segundos, eu ainda tentava descobrir porque ele ficou parado me olhando.

Acabei pegando o mesmo ônibus que ele. Sentei em um banco perto do cobrador e ele um pouco para trás. Quando desci no ponto, olhei para dentro do ônibus, ele acenou e eu sorri.

Depois disso, todos os dias ele ia varrer a calçada e me olhar pela vitrine, eram apenas acenos, sorrisos e olhares trocados. Nenhuma palavra foi dita até ele tomar coragem de ir falar comigo. Viramos amigos, namorados, noivos e, finalmente, nos casamos. Gosto de lembrar-me sempre dessa história quando meus netos pedem para eu contá-la, por mas que naquela época fosse diferente, o sentimento não muda com o tempo, só se fortalece.





A moda muda; os anos passam; a paixão acaba; mas o amor verdadeiro é o que fica para sempre.


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O conto não é Real.




E você, já ouviu como seus avós se conheceram?

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Verão, Piscina e um Beijo Seu


Eram férias de verão. Eu havia sido convidado para um churrasco na casa de uma amiga do colégio. Todos os meus amigos iriam, e, é claro, que eu não ia perder essa, ainda mais com o calor que estava fazendo.

Em sua casa tinha uma piscina enorme, com uma grande área de lazer. Era um ótimo lugar para reunir os amigos. Sempre gostei muito de me reunir com meus amigos, independente de lugar, mas um bom lugar ajuda, né?

Bom, chegou o dia da festa e eu fui até lá. Era um sábado, acredito que era o menos caloroso do mês todo, mas o tempo estava bom. Levei uma mochila para guardar minhas coisas, eu não queria voltar para casa com uma bermuda molhada.

Logo que toquei a campainha, minha amiga atendeu. Entrei e fui deixando a mochila na sala, junto com as do pessoal. Depois segui até a piscina para cumprimentar eles. Todos pareciam estar por lá, todos inclusive uma garota que eu pouco conhecia, mas ela não passava de uma conhecida para mim. Cumprimentei meus amigos, ela também, mas apenas com um “oi” um tanto seco.

Pouco menos de meia hora depois, já tirei a camiseta e pulei na piscina, na verdade me jogaram. A água estava fria no inicio, mas depois eu e vários estávamos agitados, jogando água nas garotas e fazendo competição de saltos, então logo o frio passou.

Aquela garota não parava nem um minuto de me olhar. Era um olhar diferente, não consegui decifrar se depois de me olhar ela queria sorrir ou virar o rosto. Aquilo me deixou inquieto. Comecei a me segurar para não ir falar com ela.

Sai logo da piscina, o tempo parecia estar ameaçando mudar. Fui me trocar, colocar uma bermuda seca e uma camiseta, pois logo eu ia sentir frio. Depois me sentei em uma mesa com alguns amigos, ficamos rindo e conversando por mais algum tempo. A garota ainda me olhava do mesmo jeito. Comecei ficar com vontade de ir falar com ela de novo e saber o porque dos olhares.

Deixei mais alguns minutos se passarem antes que fosse encontrar a garota. O tempo virou de vez e todos foram se trocar ao mesmo tempo. Pensei que estava sozinho lá fora, só pensei, porque ela também estava lá.

Ela estava sentada á beira da piscina. Olhava para o horizonte enquanto molhava seus pés na água. Caminhei lentamente até perto dela e me senti ao seu lado, colocando meus pés na piscina também. Após um leve susto, ela me olhou e, finalmente, sorriu. Acredito que naquele momento eu tinha decifrado seus olhares: ela me queria. A essa altura ela não era a única, eu também a queria. Após um sorriso meu, fraco, comecei a falar bem baixo:

- É, eu quis saber desde o começo da festa... – eu fui falando cada vez mais baixo - ...Quis saber porque me olhava tanto, e eu acho... – fui me aproximando dela, nossos lábios estavam quase juntos, fechei os olhos e terminei a difícil frase antes do beijo -...Que eu quero o mesmo.

Fomos interrompidos logos após o termino do beijo, ainda bem que nessa hora apenas conversávamos. Depois voltamos cada um para seu grupo de amigos. Os olhares finalmente tinham acabado. Nos despedimos com um “tchau” seco.





Por algum motivo nunca mais nos vimos, mas eu ainda espero um novo encontro.

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O conto não é Real.


O dono deseja permanecer anônimo.





E você, já quis repetir um momento bom?

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Café Expresso



Lá estava eu, em mais um longo dia de trabalho, toda atarefada. Era um dia frio, não deixei de sair de casa sem minhas luvas e meu cachecol, tenho certeza que eles eram as melhoras companhias para um dia como aquele. Já não me lembrava mais porque insisti em morar naquela cidade tão fria...

Enquanto dirigia até o trabalho, vi um café e resolvi parar, já que não tinha tomado café da manhã em casa e o transito estava terrível. Eu não gostava muito de sair de casa sem tomar café, isso complicava todo o meu metabolismo no dia.

Entrei e me sentei em uma pequena mesa, ao canto, perto de uma janela. O lugar era bastante aconchegante e pequeno, me senti familiarizada. Logo um garçom veio me oferecer o menu, junto com seus serviços, apenas pedi um café expresso, simples, agradável e quente.

Fiquei com o menu e, enquanto via-o, um rapaz na mesa da frente, fazia o mesmo, só que ele olhava para mim. Sorri de volta para ser simpática, apenas, mas eu não nego que ver um rapaz daqueles me olhando foi agradável.

Confesso que demorei pra tomar me café, porque a nossa troca de olhares ainda estava acontecendo. Quando eu, finalmente, terminei, anotei meu telefone e meu e-mail em um guardanapo e, apos pagar a conta, deixei-o em sua mesa. Nos olhamos e sorrimos pela ultima vez naquele dia.

Sai do café com um sorriso no rosto. Mal entrei no carro e recebi uma mensagem que dizia:



'' Foi um ótimo primeiro encontro. Quando será o segundo?''








Não precisamos sair da rotina para mudá-la, apenas precisamos nos adaptar.
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O conto não é Real.






segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O Verdadeiro Valor da Amizade


Há três anos e meio atrás conheci minha amiga, que hoje, é considerada mais que uma irmã. Não éramos muito próximas, éramos apenas amigas, mas a pouco mais de dois anos começamos a nos aproximar cada vez mais. Saímos mais juntas, conversávamos mais. Sim, ela era uma das pessoas mais importantes pra mim.

Há menos de dois anos conheci um amigo. No começo nós éramos bem próximos, eu, ele e minha amiga, mas depois ficamos distantes. Não percebemos isso, ainda continuávamos amigos, mas não como antes.

No começo do ano passado eu e essa amiga conversávamos quando ela disse que estava olhando viagens de intercambio, mas apenas olhando. Fiquei contente, ela me disse que sempre quis fazer uma dessas viagens, mas logo mudamos o assunto. Depois de um tempo esquecemos isso.

Perto do fim do ano nós três nos aproximamos de novo. Acho que foi o começo da melhor época da nossa amizade. Saiamos bastante juntos, riamos muito. Eles eram mais que uma família. O colégio era minha segunda casa, todos os dias estávamos juntos, seis horas por dia.

Cada novo ano era mais difícil, ás vezes nos distanciávamos de alguns amigos. Ás vezes pessoas de suma importância saiam do colégio e eu não consigo nem mencionar a falta que essas pessoas faziam.

Minha amiga decidiu fazer o intercambio, ficamos muito felizes por ela, mas logo pensamos no tempo que ficaríamos longe. Dez meses era muito tempo. Só de pensar que estávamos amigos de novo e que em menos de meio ano ela ia viajar era difícil, mas nós curtimos o todo o tempo que tínhamos juntos.

Nas férias, quando faltava apenas um mês para o intercambio da minha amiga, meu amigo me contou que talvez se mudaria para o interior, uma cidade que fica á quatro horas daqui. Senti que tinha pisado em falso, foi um pré sentimento de perda horrível. Eu não conseguia mais me imaginar sem eles dois. Ele não sabia se ia mesmo embora e quando ia, mas tinha medo também.

Hoje faz três dias que minha amiga viajou e o meu amigo ainda não sabe se vai ficar ou se vai morar no interior. Já consegui me comunicar com ela e, eu e ele ainda estudamos juntos. As lagrimas me vem aos olhos só de pensar que nós três estaremos longe um do outro. Penso que é pelo bem deles dois, mas ainda dói “perder”, por um tempo, essas duas pessoas tão importantes para mim.







Quando se encontra uma amizade verdadeira vale fazer de tudo para não perdê-la.

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O conto é Real.




Você já disse o quanto ama seus amigos hoje?

domingo, 15 de agosto de 2010

Um Filme de Inverno


Era uma sexta-feira pouco agitada. O frio nos impedia até de pensar. Todos queríamos sair, mas as ideias não chegavam. Todos os lugares possíveis eram ao ar livre e isso era o que menos queríamos, apenas queríamos um lugar aconchegante.

Depois da aula cada um foi para sua casa. Eu mal sabia o que fazer, de sextas sempre saiamos, já era como um ritual e, dessa vez, não seria seguido porque o tempo decidiu não cooperar. Acabei pegando no sono.

Acordei com uma mensagem da minha amiga, que dizia:

Vamos na casa da Júlia assistir um filme, vê se aparece, beijos.

A preguiça era grande, mas nada melhor que passar um tempo a mais com os amigos, ainda mais quando todos íamos ficar quentinhos. Todos iríamos dormir por lá, porque nossa sessão de filme acabaria bem tarde.

Comecei a me arrumar na hora. Em quarenta minutos eu estava a caminho da casa da Júlia. Encontrei mais uma amiga na frente da casa, entramos juntas. Pensei que apenas as meninas iam, pensei que seria como uma festa do travesseiro, mas tinha alguns meninos também, inclusive o primo da Júlia (sempre que ele saia com a turma eu ficava tímida, e rolavam alguns olhares).

Na sala de tv já tinham vários colchões espalhados pelo chão, algumas vasilhas com pipoca e o pessoal estava escolhendo os filmes. Coloquei minha bolsa em uma mesa e me sentei em um colchão ainda vazio.

Quando ia começar o primeiro filme, todos foram procurar lugares para sentar/deitar, menos eu, que já estava toda acomodada. Quase não sobrou espaço e quando o Luís, primo da Júlia, entrou na sala com sua vasilha de pipoca, ficou procurando um lugar. Você já deve estar se perguntando onde ele se sentou. É, foi ao meu lado!

Passei metade do filme sem falar uma palavra. Ele me ofereceu pipoca algumas vezes, mas também não falou nada. O pessoal estava bem animado, alguns falavam, alguns estavam atentos ao filme e eu e o Luís ali, sem dizer nada.
Mais um tempo se passou e o frio começou a incomodar, eu já estava com uma blusa, mas ela não parecia ser o suficiente. Depois que o Luís levantou para lavar as mãos ficou mais frio ainda. Quando ele voltou, o filme já estava no fim. Ele se sentou ao meu lado e ficou lá, sem dizer nada, ás vezes até olhava as horas no celular.

O pessoal começou a se levantar e ir para a cozinha, mas eu estava com tanto frio que resolvi ficar por ali mesmo. De repente só estavamos nós ali, eu e o Luís. Virei para o outro lado, ainda deitada, pois se eu olhasse para o seu rosto ficaria vermelha rapidinho. Me arrepiei quando escutei sua voz, baixa e calma, bem perto do meu ouvido, ele dizia:

- Desculpa esperar tanto pra falar isso, eu só queria ficar a sós com você. Acredito que já tenha percebido, mas eu estou afim de você.

Me virei para ele, a essa altura ele já estava deitado também, estavamos um de frente para o outro. Acabei confessando que também sentia algo e que ficava diferente toda vez que ele estava perto. Depois os nossos lábios se aproximaram até fazerem uma junção, normalmente chamada de beijo.

No dia seguinte acordei, ainda tinham vários colchões na sala e várias pessoas dormindo neles. Era uma manhã fria, eu parecia ser a única acordada por ali, mas decidi não me levantar, pois estava aconchegante ali, o Luís estava dormindo de conchinha comigo.




Nem todas as palavras podem ser sinceras, mas um sentimento nunca é mentira.

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O conto não é Real.



E você, já se aconchegou em um sentimento?


sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Decifrando Seu Olhar


Ás vezes acordamos tão sem vontade que não queremos nem pensar em ir para a aula. Ás vezes, também, nem acordamos. Era sempre assim comigo, fui ficando dependente de faltar. E fui faltando cada vez mais. Pelo menos uma vez por semana.

Em poucos dias recebi um comunicado para repor umas cinco aulas. Eu teria que ficar até mais tarde na escola, teria que deixar de fazer coisas que eu gosto para ficar mais tempo ainda estudando. Eu não achava isso nada justo, mas ainda era melhor do que repetir o ano por causa de faltas.

A aula de reposição seria com a coordenadora do colégio. Cheguei e me sentei no fundo da sala, as primeiras carteiras só tinham os mais novos. Me impressionei quando vi quase o sexto ano inteiro lá. Fiquei esperando minhas atividades, pois quanto mais cedo acabasse, mais cedo ia para casa.

Foi quando um garoto entrou, um garoto que eu nunca tinha notado antes, nunca tinha visto ele no intervalo. Era estranho, pois minha escola tinha pouco mais que trezentos alunos e isso não é muito.

Ele se sentou ao fundo da sala também, não muito perto de mim. Acredito que ele nem tenha me reparado. Enquanto fazia meus deveres, parava para olhá-lo, só às vezes. Em uma dessas vezes nossos olhares discretos se encontraram, se perceberam e depois apenas mentiram um para o outro. Era como se fingíssemos não olhar um para o outro, buscando alguma coisa.

Terminei primeiro, mesmo enrolando por algum tempo tive que ir embora, pois ficaria muito na cara. Mal dormi aquela noite, pensei nele o tempo inteiro.

Aula, sono, barulho e cada vez mais lições e trabalhos. Minha vida estava ali, eu não saia mais, mal conversava com os amigos. Mas naquele dia eu estava mudada, estava esperando até o horário da reposição de aula, e eu esperava que ele fosse.

Como pensei. Ele estava lá! Quando entrei, ele parou o que estava fazendo para me olhar, só que dessa vez eu pequeno sorriso acompanhou seus olhos. Sorri de volta e fui me sentar. Trocamos vários olhares de novo, mas nenhuma palavra ousava sair. Às vezes riamos de alguma coisa que acontecia na sala.

Ele se levantou para ir embora, mas antes deixou um bilhete na minha mesa. Quando ele saiu da sala eu abri, estava escrito o seguinte:

Não quero esperar até amanhã...Quer ir tomar um sorvete depois da reposição? Estarei te esperando na saída.

Eu não imaginava que isso fosse acontecer tão rápido, essa aproximação. Não tínhamos trocado nenhuma palavra ainda, eu só sabia seu nome porque a coordenadora disse. Eu quis arriscar, eu quis parar de decifrar ele e começar a entender.





Talvez o que tentamos decifrar pode ser um erro, talvez o maior erro de nossas vidas, mas também pode ser o melhor.

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O conto não é Real.




Já tentou decifrar o olhar de alguém? Se deu bem ou mal por isso?

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Quero Te Encontrar


Era apenas mais um dia normal. Um desses dias em que a gente não tem quase nada. Um desses dias que é só apenas mais um na nossa rotina. Igual ontem, parecido com amanhã. Bom, pelo menos era o que eu pensava.

Eu estava indo fazer uma entrega. É, eu trabalho. Fui a pé mesmo, pois o lugar era próximo. Quase todos os dias eu tinha que fazer entregas e, pelo caminho, observava todas as pessoas que passavam por mim. Ou quase todas. Algumas chamavam atenção.

Um dia desses, observei uma garota. Ela era loira e de olhos azuis, era uma daquelas garotas que você olha e fala “Nossa, ela deve ser demais!”. Naquele momento tive vontade de conhecê-la, mas coragem eu não tive.

Depois disso, passei a vê-la quase todos os dias quando ia fazer minhas entregas. E eu sempre desejava a mesma coisa: conhecer ela. Não era nada doentio, eu tinha essa vontade apenas quando via ela, depois eu esquecia.

E em mais um dia desses que a gente pensa que não vai acontecer nada, que a gente não espera que aconteça nada, aconteceu. Lá ia eu fazer mais entregas, quando, de repente ela atravessou a rua. Eu continuei andando, mas dois senhores estavam conversando na calçada e só havia espaço para uma pessoa passar, ou eu, ou ela, então eu sorri e falei para ela:

- Pode passar.

Ela apenas sorriu de volta. Depois disso continuei andando, até que escutei ela falar, enquanto tirava o fone de ouvido:

- Então...Qual seu nome?

Esse foi o inicio da nossa conversa. Depois que soubemos um o nome do outro, ela comentou que já tinha me visto antes, fiquei um pouco surpreso. Perguntei se ela trabalhava, ela disse que sim e que sabia onde eu trabalhava. Dessa vez eu fiquei sem saber o que falar. Isso queria dizer que ela também me notava, do mesmo jeito que eu notava ela, talvez.

Não tive coragem de ir falar com ela quando apenas a observava, pensava que ela nunca havia me notado antes, mas descobri que era recíproco. Toda vez que passo por ali olho para todos os lados buscando achá-la, às vezes acontece, às vezes não.





Talvez ambos sintam o mesmo, mas você tenha medo disso. Vá atrás ou, como no meu caso, ganhe um empurrãozinho.

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O dono do conto deseja permanecer anônimo. O conto é Real.



E você, já precisou de empurrãozinhos?

terça-feira, 27 de julho de 2010

Parte II : Só o Mar, Só Você.


Uma noite mal dormida, um sorriso estampado no rosto que não saia de jeito nenhum e as minhas duas melhores amigas. Era o começo da nossa tão esperada viagem. Cada uma foi com seus pais, mas nos encontramos em frente ao Porto.

A ansiedade nos fazia pular, nossos pais pareciam estar felizes, mas todos sabíamos que a saudade ia bater uma hora ou outra. Foram muitos abraços, vários ‘até logo’, alguns ‘boa viagem’. Nós tivemos que nos apressar para levar nossas bagagens. Depois ficamos acenando para nossos pais, nós no navio, eles no porto, foi como um filme.

Primeiro conhecemos nosso quarto. Três camas com ótimos colchões, uma linda vista para o mar azul. Recebemos nossas malas e saímos para conhecer o navio inteiro. Era maravilhoso. O restaurante, a sala onde iriam ter as festas e até os uniformes dos funcionários eram fofos.

A primeira festa foi só para conhecer o pessoal, conhecer tudo. Foi ótima, nem preciso dizer nada. A Anna acabou ficando com um menino, mas depois eles se despediram e nós três ficamos juntas até as três da manhã.

No dia seguinte apenas acordamos para o almoço. Ah, eu dormi como um anjo! De tarde tinham várias atividades, mas nós três preferimos a piscina, claro. Foi uma longa e deliciosa tarde com muita gente e novos amigos. A Patrícia acabou encontrando um menino que ela tinha paquerado na noite anterior, eles ficaram conversando. Nós só fomos voltar para o quarto as seis e meia da tarde, para nos arrumarmos para o jantar e a próxima festa.

Dessa vez o tema da balada era mais formal, era um baile. Meninas de vestido e meninos de terno, estava tudo muito lindo. Jantamos e fomos direto ao salão de festas. Logo minhas amigas acharam seus pares. Como fiquei sozinha, fui tomar um suco e olhar o mar, afinal, eu estava em um navio, festa era o de menos por ali. Fiquei sentada, em uma cadeira para tomar sol, apenas olhando aquela imensidão azul. Não demorei muito a ir dormir.

Levantei cedo na manhã seguinte, as meninas continuaram dormindo. Fui tomar café e de novo ver o mar. Após cinco minutos alguém se encostou ao meu lado, olhei, achando que era uma das meninas, mas não era. Era um garoto e ele olhava fixamente para o mar. Depois de segundos ele começou a falar, ainda olhando o mar:

- Te vi sozinha aqui ontem. Não sei o seu nome, você não sabe o meu, mas se quiser compartilhar algum segredo saiba que sou um bom ouvinte...- Quando terminou, olhou para mim e sorriu.

Eu apenas sorri, pensei por alguns segundos e depois disse:

- Gabriela, meu nome é Gabriela. E eu apenas acho essa paisagem perfeita.

Foi assim, ficamos olhando o mar, apenas nos despedimos na hora do almoço. Almocei com a Anna e a Patrícia, mas não contei nada sobre o garoto, foi apenas uma conversa.

Na festa dessa noite dançamos um pouco juntas, mas depois de um tempo elas encontraram os seus parceiros e essa era a minha deixa. Adivinha? Fui olhar o mar.

Dessa vez tinham pegado meu lugar, era o garoto. Me encostei ao seu lado, ele me olhou e disse:

- Estava te esperando.

Aquela foi a melhor noite, conversamos sobre tudo. Descobrimos que morávamos longe, ao muito, mas que seria difícil nos vermos novamente. Fiquei um pouco triste por isso, eu já sentia alguma coisa por ele, algo além de amizade.

A nossa conversa foi tão longa, que as risadas foram até as duas da manhã. Eu estava com um pouco de sono, então ele me levou até o andar das meninas. O dos garotos era no andar de baixo. Ele me deu um beijo na testa, foi como se me dissesse boa noite.

No dia seguinte não o encontrei de manha, nem no almoço e muito menos durante a festa. Fui para fora, procurando por ele e também não estava ali. Quando cansei de procurar, fui até a piscina e o achei. Quando ele me viu, apenas sorriu. Pegou a minha mão e fomos até o melhor lugar, aquele onde olhávamos o mar.

Não conversamos dessa vez. O que se ouvia era o som do mar de um lado e de outro o som das musicas na festa. Eu apenas sentia o vento nos meus cabelos, meu coração quase saindo fora e o dele, sim eu senti seu coração. Depois eu apenas senti nossos lábios, juntos, como se um fosse a continuação do outro.






Não quero te ver novamente, quero, apenas, continuar acreditando que esse foi o melhor sonho da minha vida.

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E vocês, já quiseram guardar momentos como se fossem um sonho?

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Parte I : Só o Mar, Só Você.


Tudo começou com uma viagem, uma viagem que eu não faria. Meus pais na concordaram, porque sentiam medo por mim. Você pode estar se perguntando qual é o motivo de eu querer tanto viajar, pois vou lhe dizer. Eu ia passar cinco dias em um navio com uma programação para adolescentes, passaria esse tempo com as minhas duas melhores amigas, Anna e Patrícia.

Bom, meus pais não deixaram, inventaram algumas desculpas esfarrapadas e só me restava me lamentar. Sim, eu sentia inveja das minhas amigas, mas não inveja ruim, queria que elas se divertissem, mas eu queria me divertir junto. E eu sei que elas estariam na piscina com mais mil pessoas e eu estaria deitava na cama me lamentando.

Tentei aproveitar o tempo com as minhas amigas antes que elas viajassem, elas agiam como se escondessem algo de mim. É, talvez eu não pudesse nem sair com elas e depois da viagem só saberiam falar sobre tudo o que aconteceu em cada dia.

No dia anterior da viagem, decidi passar o dia comento chocolate na frente do computador. De repente, levei um rápido susto, mamãe abriu a porta e disse:

- Vou até o mercado, não sabia que tinha acabado a cenoura, nunca tem cenoura nessa casa...

E ela saiu reclamando, era engraçado quando isso acontecia, mas nem isso me fazia rir. Mal percebi que ela saiu, fiquei apenas olhando alguns vídeos sobre a viagem que minhas amigas fariam sem mim. É, eu estava me afundando sozinha quando devia estar tentando me fortalecer.

De repente, Anna entrou no meu quarto correndo e com um sorriso de orelha a orelha. Patrícia já abriu a porta do guarda roupa e pegou uma mala. Eu olhei para aquilo tudo, enquanto dizia:

- Se quisessem uma mala emprestada, era só pedir, não precisam ser agressivas...

- Sua boba, você vai com a gente! – Disse Patrícia, exultante.

Demorei para cair na real, demorei mesmo, tipo uns 5 minutos. E nesse tempo elas já tinham atacado meu guarda roupa e metade das minhas roupas estavam jogadas pelo chão e pela minha cama.

Corri até a sala, abracei a mamãe, chorando, e depois o papai, só consegui agradecer quando sequei algumas lágrimas fujonas:

- Obrigada, tenho certeza que será a melhor viagem da minha vida!

Terminamos de arrumar a mala depois de duas horas. Era mais ou menos onze da noite e elas precisavam ir para suas casas dormir ,na verdade, nenhuma de nós três ia conseguir dormir, mas precisávamos nos despedir de nossas camas quentes e aconchegantes, pois no dia seguinte estaríamos a bordo de um navio fantástico.



Continua...

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Que vocês esperam que aconteça nessa viagem?

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Se não fosse tarde...


Imagino nós dois andando, descalços, sob a grama, macia e molhada em uma linda e ensolarada manhã. Estaríamos de mãos dadas, caminhando sempre juntos. Você colhia uma flor, e me entregava, junto me presenteava com um beijo doce e calmo. Um daqueles beijos como de filmes, que nos deixam nas nuvens.

Depois nos sentaríamos na grama, ninguém estava a nossa volta. Conversaríamos por horas e estaríamos rindo o tempo todo. É assim que eu imagino, bem assim. Seria uma conversa boa, sem termino. Não nos lembraríamos de nada a não ser de nós e daquele lugar.

Após isso nos deitaríamos, eu encostaria minha cabeça no seu peito e escutaria o seu coração bater. Consigo imaginar muito bem isso. Aquele seu doce cheiro de erva-doce me fazendo suspirar junto com as batidas do seu coração.

Eu te enxeria de beijo após você me confessar, olhando para o céu, que estava perdidamente apaixonado. Você ia rir e eu ia sentir meu coração nas nuvens. Seria impossível não te amar mais a cada segundo com tudo aquilo acontecendo.

Depois ficaríamos apenas deitados, olhando para o céu. Mais um tempo ia se passar e começaríamos a olhar as nuvens e dizer com o que se pareciam. Eu acharia uma em forma de coração e ele diria que as nuvens apenas parecem nuvens. Depois disso iríamos rir, até que nossos olhos se encontrassem e aqueles dois sorrisos se transformassem em um único beijo.

Acabaríamos ficando em silencio, apenas admirando o céu, até que as nuvens fossem embora e trouxessem estrelas. Aquilo tudo tinha um sentido mágico. Aquilo tudo devia ser mais que o meu pensamento.

Se você não tivesse me deixado há uma semana atrás por causa de outra garota, talvez tivéssemos feito tudo isso que eu descrevi. Talvez tivéssemos feito ainda mais passeios como esse, talvez todos fossem de verdade.Se já não fosse tarde eu diria o quanto te amo e que estou perdidamente apaixonada por você.






Talvez nossos olhos só se abram quando o sonho já virou pesadelo. Tente abri-los antes.
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O conto não é Real.


E você, já se arrependeu de sonhar demais?

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sorvete de Amor


- Ah, esse ano vai ser tranquilo!

Foi o que pensei ao entrar no colégio, pena que foi um pensamento precipitado. Não havia nenhum menino novo bonito, pelo menos na minha turma.

Eram sempre os mesmos alunos, alguns novos, só que dessa vez uma “criatura” entrou. Ela era estranha e parecia estar com vergonha de se comunicar, lógico, afinal era o primeiro dia de aula. Tentei conversar com ela, mas parecia ser um pouco chata, então desisti.

Na saída do colégio, vi que ela foi embora com um garoto muito lindo. Fiquei desapontada, deveria ser o namorado dela. Mas não rolou nem beijinho nem nada, fiquei com esperanças.

No dia seguinte acabei descobrindo que era seu irmão, acreditem se quiserem! Perguntei como ela ia embora, tentei conversar mais com ela, só que a menina insistia em ser chata, falava mais que a boca e só falava o que eu não queria saber. Eu só queria saber do irmão dela.

Quem espera que no segundo dia de aula passem trabalho? Ninguém.Santa professora de biologia! Ela me salvou, grudei no braço da menina e perguntei se podia fazer com ela. Acabamos marcando para o mesmo dia. E o melhor, EM SUA CASA. Virei a BFF dela na hora.

Na volta, seu irmão foi nos buscar. Abriu um lindo sorriso quando soube que eu ia fazer trabalho em sua casa. Fomos a pé até a casa deles. Eu e ele conversamos o tempo inteiro. Descobri que seu nome era Lucas, que tinha 18 anos e que estava terminando o ensino médio em outro colégio.

Enquanto fazíamos o trabalho, não, enquanto ela fazia o trabalho eu e ele continuamos conversando muito. Até que uma hora ele me chamou para jogar videogame. Sim, lógico que aceitei.

Várias partidas. Perdi muitas vezes, ele ganhou quase todas, mas o que valeu foi a intenção, e que intenção! Apostamos que quem perdesse ia ter que pagar um sorvete para o outro, coisa boba né? Mas a segunda parte da aposta é que teria que falar alguma coisa estranha para o sorveteiro.

Encontramos um sorveteiro, mas eu não sabia o que falar de estranho. Então, quando ele perguntou que sorvete eu queria, eu disse:

- Tem sorvete de amor?

O Lucas me olhou com uma cara de surpresa e depois riu, me fazendo ficar sem graça. O sorveteiro xingou, porque achou que estávamos rindo dele e saiu. Acabei ficando sem saber o que dizer. Acabamos ficando ali no meio da rua. Quando deu a hora e eu precisava ir embora, me despedi dele e até esqueci de me despedir da minha nova amiguinha. E quando ele acenou de longe, disse:

- Nem precisou de sorvete de amor, né?

Fui embora rindo.

Quando encontrei a minha parceira de trabalho no dia seguinte, fui falar com ela. E meia sem jeito, comecei a tentar explicar:

-...Então, sobre seu irmão mais velho...

- Já sei de tudo! – ela me interrompeu. – E estou feliz, mal posso esperar para nós passarmos mais tempo juntas!






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Escrevi esse texto para um concurso da revista Capricho, não ganhei, mas participei. Está ai o texto para vocês darem uma olhadinha. Que acharam?


quarta-feira, 14 de julho de 2010

Sem Domir


Fechei os olhos enquanto encostava minha cabeça no travesseiro. Estava macio e gelado, como em todas as noites, mas naquela noite estava um pouco mais gelado. Eu estava com frio. Me levantei para pegar mais um cobertor. Meus passos eram silenciosos, eu não desejava acordar mais ninguém. Só que não conseguia dormir por ali.

Me deitei, novamente. Fechei os olhos e pensei. Pensei em como tinha sido meu dia. Acredito que seria lembrado sempre. Era o que o sorriso em meu rosto me fazia pensar. Aquele sorriso não me abandonava e nem deixava o sono me acalmar.

Os momentos que aconteceram durante as 12 horas anteriores passavam pela minha cabeça como um filme. Um filme romântico, muito romântico. Era como estar acordando de um sonho perfeito, aquele sonho que nos faz ficar com frio na barriga.

Duas horas se passaram desde que eu tinha deitado. É, pelo jeito o sono não queria chegar. Mas a verdade é que eu não queria dormir mesmo aquele dia. Queria pensar, pensar e pensar mais no que aconteceu e saber que tudo era realidade. Eu não tinha caído na real ainda, mas sabia que logo tudo ia fazer sentido.

Escutei o barulho da porta abrindo, fechei os olhos, rápido. Ouvi alguns passinhos, uma mão puxou a minha coberta e me cobriu direito, recebi um beijo na testa. Voltei a escutar os passos e o barulho da porta se fechando. Era a boa noite da mamãe, ela sempre ia ver se estava tudo bem e eram raras às vezes em que eu estava acordada. Mas eu não queria conversar, só queria ficar pensando sozinha e sorrindo.

Aquilo estava me consumindo de uma certa forma que eu nem lembrava mais que dia era. E eu nem queria saber que dia era. Só queria a realidade, ou a prova da realidade, a prova de que tudo aquilo era um sonho, assim eu poderia dormir, finalmente.

Mais uma hora sem sonho, mais sorrisos e até algumas lagrimas, lagrimas de felicidade. De repente, um barulho me assustou, era meu celular. O toque dele era a nossa musica, me fazia lembrar ainda mais do meu dia perfeito.

Não era uma ligação, não podia ser, deviam ser umas três da manhã. Era uma mensagem dele, que dizia: Agora você é oficialmente minha namorada, Te amo. Só assim eu consegui fechar bem os olhos e dormir como um anjo.




Só pude dormir quando soube que acordaria ainda vivendo naquele sonho. E a sua mensagem foi a prova da realidade.

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Este conto não é real.



E você, já sonhou hoje?

terça-feira, 13 de julho de 2010

Teu Olhar


Primeiro dia de aula sempre assusta, pelo menos eu me assusto com ele! Sou um pouco tímida e era a primeira vez que eu mudava de colégio, então eu estava com muito medo. Sabemos que uma primeira impressão conta muito em novas amizades. E também sabemos que quando alguém inventa ser outra pessoa, sempre se da mal no fim. É, eu seria eu mesma, com minha timidez e minhas bochechas rosadas.

Ninguém falou comigo até o primeiro sinal, fiquei uns cinco minutos procurando minha sala. Quando entrei todos estavam fofocando sobre as férias. Um pouco antes do intervalo eu já estava conversando com a maioria, eram pessoas legais, percebi que escolhi o colégio certo.

Quando desci para o intervalo, vi um grupo de meninos pelo caminho, um deles me chamou atenção. Ele estava rindo, na verdade todos estavam, mas foi o sorriso dele que me chamou atenção. Enquanto eu o olhava e andava, Ele me olhou de volta, sorrindo ainda mais. Tenho certeza que nesse momento fiquei roxa.

Me sentei com meus novos colegas, ficamos conversando, pelo que percebi, apenas eu e mais uma menina havíamos entrado na sala como alunas novas. De repente, Ele chegou e sentou conosco. Fez algumas brincadeiras com o pessoal, todos rimos. Então, Ele era simpático, lindo, popular e brincalhão. Que menina não cai por um desses?O tempo foi passando e era todo dia quase a mesma coisa, só nos víamos no intervalo.

Dois meses depois ia ter uma balada na escola, onde escolheriam o menino mais bonito e a menina mais bonita. Eu decidi não participar, não me achava tão bonita a ponto disso, mas algumas amigas minhas foram.

No dia da festa, me arrumei muito. Quem sabe Ele me olhasse com outros olhos, não sei como ele me olhava, se era amizade ou se queria o mesmo que eu: uma chance. Cheguei um pouco cedo na festa, pois queria ver minhas amigas desfilarem. Fiquei sabendo que Ele não ia desfilar, fiquei feliz, assim não iam ter muitas meninas atrás dele. Era o que eu achava.

Quando acabou o desfile, começaram as musicas e a balada. Fui dançar com o pessoal. Logo que achamos um lugar para dançar, vi que ele estava falando com uma menina. Era a menina com mais fama no colégio, acho que já tinha ficado com a maioria dos meninos. Fiquei muito triste, mas fingi que não estava vendo nada, principalmente quando vi os dois se beijando.

É, esquecer seria o melhor a fazer. Dancei mais um pouco e tentei não olhar mais para eles. Até que um menino, que eu nunca tinha visto antes, começou a conversar comigo, vocês sabem o que ele queria, e eu também sabia. Ele não era feio, mas eu não sabia se queria, estava chateada. Ele tentou vir pra cima e eu não quis, ele tentou de novo e, de repente, levou um empurrão. Não, não fui eu quem o empurrei, foi Ele! Depois ele disse para o garoto “Não ta vendo que ela não quer nada com você? Deixa ela em paz!” e saiu.

Fiquei sem entender nada, até o final na noite. Eu não o vi mais aquele dia. Queria falar com ele e saber o que aconteceu. Queria saber como ficaria tudo nos próximos dias.

Segunda-feira e não vi Ele no intervalo. Fiquei mais assustava ainda. Que será que estava acontecendo? Queria algumas respostas que só ele podia me dizer. Quando o ultimo sinal soou, desci e fui para a porta. Ele estava lá. Sorriu quando me viu e veio ao meu encontro. Me deu um beijo no rosto e disse:

- Preciso falar com você.

Eu diante de tudo isso fiquei paralisada e apenas o segui. Fomos até uma praça. Lá nos sentamos em um banco, ele estava olhando para o chão, acredito que estava procurando palavras, mas não as encontrava. Então, resolvi começar:

- Eu queria...Queria apenas saber porque fez aquilo por mim?

Ele respirou fundo, olho nos meus olhos, o que me mostrava confiança e disse:

- Fiquei com a menina, eu não sabia se você queria o mesmo que eu, não me arrisquei a chegar em você. Quando aquele menino se aproximou de você eu não consegui me segurar. – Ele parou para respirar. - Sempre as meninas mostram sinais mais fáceis, você é difícil de decifrar, eu não sabia se queria apenas amizade. Nunca fiquei muito tempo com uma menina, acho que nunca mais de um dia. Confesso que tenho medo do que pode estar começando a acontecer, mas eu quero que aconteça!

E um beijo selou o começo do que era nosso, apenas nosso.





Palavras podem enganar , atos podem confundir , mas um olhar, apenas, nos mostra a verdade.

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Este conto AINDA não é real, mas um dia será! A dona deseja permanecer anônima.