sexta-feira, 30 de abril de 2010

Só você me entende.


Abri a porta de casa. Uma mulher estava caída ao chão da cozinha. Minha mãe. Entrei em desespero. Não sabia se ligava e pedia por socorro ou se tentava acordá-la.

Minha primeira reação foi pegar o telefone, discar os números do socorro e segurar a mão dela. Tentei chamá-la calmamente, mas ela não dava nenhum sinal de que ia acordar. Eu me apavorava cada vez mais. Era uma situação em que eu nunca imaginei estar.

Vinte minutos de espera até a ambulância chegar. Parecia que horas haviam passado. O medo começava a me dominar. Não imaginava o que fazer nessa situação. Ninguém estava ali para me ajudar, ninguém. Me senti só pela primeira vez.

A carregaram na maca. Levaram-na até a ambulância. Tentavam acordá-la de várias formas. Nenhuma funcionava. As lágrimas escorriam do meu rosto como pequenas gotas escorriam das folhas. Coisas horríveis passavam na minha mente.

Enquanto levavam ela até o médico, fiquei na sala de espera. As lágrimas me acompanhavam, só elas. Uma enfermeira me trouxe um copo d’água, em seguida me contou que tinham levado minha mãe á UTI, e que ela ainda estava desacordada.

Foi quando ele entrou. Não sei quem havia lhe contado o que aconteceu. Sentou-se ao meu lado, colocou seu braço no meu ombro e apenas disse:

- Tudo vai ficar bem.

Após isso, os médicos deixaram eu entrar para ver como minha mãe estava. Entrei sozinha. Tinham muitos aparelhos ligados a ela. Aquilo causava uma impressão horrível. Me sentei no sofá ao lado da maca. Ele entrou na sala, lentamente. Sentou-se comigo e ficou apenas olhando para mim.

Meia hora se passou, me levantei e fiquei ao lado da cama. Peguei a mão da minha mãe e fiquei ali, apenas observando. Enquanto reparava nos objetos a sua volta, ela apertou minha mão. Logo depois abriu os olhos. Chamei a enfermeira enquanto sorria. Quando voltei para a sala ele me olhava como quem falasse “eu disse”.

Alguém começou a me cutucar e tudo ficou escuro. Escutava uma voz distante, que dizia:

- Acorda, acorda. O professor vai entrar na sala!

Abri os olhos, estava em uma sala de aula. Me levantei e o abracei. Não sei o que faria se ele não estivesse ao meu lado, sempre ao meu lado, ele: o meu amigo.



Amigo(a): palavra que define um ser que está sempre te ajudando, mesmo com distancia. Pode ser feminino ou masculino, e isso não muda o sentimento. Sinônimo de amigo é irmão.




Não se esqueça de agradecer ao seu amigo por sempre estar com você.


_____________________________________________


E você, já agradeceu o seu amigo hoje? Agradeça hoje, amanhã pode ser tarde.


( Conto Especial, não se trata de paixão e sim de um outro tipo de amor. Conto de @Graziele_ms )

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Um ótimo jeito de começar o dia


Viagem de férias. Acredito que você saiba como é. Lugares novos, praias novas, pessoas novas. É, não há nada que faça eu me arrepender das férias passadas. Nada mesmo. E gostaria de vivenciar tudo de novo nas próximas férias.

Era uma colônia de férias. Só para jovens. É isso mesmo, sem os pais! Como eu passava as férias de julho sempre lá, conhecia a maioria das pessoas. Os quartos eram divididos para quatro pessoas. Os dormitórios masculinos ficavam para o lado das montanhas e os femininos para o lado da praia.

Todas as noites, após o jantar e antes de dormir, fazíamos uma roda. Todos se sentavam em volta da fogueira. Ficávamos conversando, cantando, fazendo espetinhos na fogueira. Era divertido.

Mas dessa vez foi diferente. Dessa vez tinha um menino novo. Sim, confesso que ele me chamou muita atenção. Seus olhos eram verdes e brilhantes. Sua pele era de um moreno claro. Seus cabelos eram castanhos. Seu sorriso era perfeito, primeira vez que o via e já me deixava com as mãos tremulas.

Todos os dias eu o via. Tomando café, participando das atividades, andando pela colônia e, principalmente, na hora da fogueira, onde trocávamos olhares. Mas nunca acontecia nada, nem uma troca de palavras.

Era o ultimo dia. Acordei um pouco triste, eu não sabia nem o seu nome. Quando olhei o relógio, eram cinco da manhã. Ainda daria tempo de correr até a praia e ver o sol nascer. Foi o que fiz, não poderia perder isso por nada.

Estava bem frio. Fui caminhando até a praia e me sentei na areia. Fiquei observando o céu e lembrando o sorriso daquele garoto. Talvez eu nunca mais o visse. Talvez não...

Alguém se sentou ao meu lado, no inicio achei que era uma amiga, mas quando olhei, era ele. Acredito que naquela hora eu fiquei vermelha. Ele sorriu olhando para mim. Depois olhou para o céu e disse:

- Também gosto de ver o sol nascer, é um ótimo jeito de começar o dia.

Ele voltou a me olhar e sorrir. Sorri de volta. Depois ele passou o braço em meus ombros. O frio foi embora. E o sol começou a surgir da água. Novamente ele disse:

- Sabe outro ótimo jeito de começar o dia?

- Não, qual?

Ele abandonou o sol e ficou observando meus olhos. Depois sorriu e se aproximou, disse baixinho no meu ouvido:

- Esse...

Ele me beijou. Um beijou que eu nunca vou me esquecer. Os raios do sol surgiam e nós começamos o nosso dia muito bem.


Me perdi em seus olhos e depois disso nunca mais me encontrei.


________________________________________________


Será que o Sol brilhou para eles?


( Conto de @by_carolnunes )

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O Jogo


Fui passar uma tarde na casa de uma amiga. Ela convidou vários amigos, alguns eu conhecia, outros não. Era um lindo dia de sábado. O céu estava limpo de nuvens. E o seu azul era intenso.

Quando todos já estavam lá, decidimos ir até a sacada, que era bem grande. Todos nos sentamos no chão, em um circulo. Conversamos por algum tempo, acabei conhecendo um menino. Achei ele bem interessante, a beleza dele também era interessante, mas nem demonstrei interesse.

Alguém inventou de jogar verdade ou desafio, acho que você deve conhecer esse jogo, né? Tudo bem, começamos a jogar. Só que mudaram as regras. Para a verdade seriam perguntas, para o desafio seriam dados. O seu desafio dependeria do numero que caíssem os dados quando a pessoa os jogasse.

Começamos a jogar. Na terceira jogada caiu em um e uma amiga. Eu perguntava, ela respondia. Mas verdade era chato, o mais legal era o desafio, ver as pessoas tendo que fazer coisas comandadas por dados. E quem não fizesse saia da brincadeira. E acreditem, estava pegando fogo.

Minha amiga desafiou um menino, e o numero que caiu nos dados foi 7. O numero 7 indicava que ele tinha que fazer massagem na nuca de quem ela dissesse. Coisa sem sentido, mas foi engraçado. Todos riamos.

De repente, caiu que um menino desafiou aquele em que eu me interessei. Ele jogou os dados e caiu 12. O significado de 12 era: Beijo na bochecha. E ele apontou para mim. Sorri e ele disse:

- Não é nada demais. – e quando foi me dar o beijo, disse baixinho – Ainda mais porque é você.

Fiquei super vermelha. Continuamos jogando, rindo e fazendo brincadeiras com os dados. Todos pediam desafio, porque era mais interessante. Ninguém estava reclamando, era só diversão.

Caiu para um menino me desafiar. O numero? 2. Adivinhem, o numero 2 significava beijo na boca, e não era selinho não. Só faltava saber com quem ia acontecer isso. Imagina se ele escolhesse um menino feio. Ele escolheu o qual me interessei. Não sei se estava com vergonha ou feliz, talvez os dois.

Era para eu ir beijar ele, mas não precisei fazer isso. Ele veio, se sentou ao meu lado, colocou uma mexa do meu cabeço atrás da minha orelha, olhou para eu, sorriu e me beijou. Todos bateram palmas, gritaram e ficaram se divertindo. Até que alguém falou:

-Tá bom, vamos continuar.

Mas o beijou continuou. Aquilo não era um desafio, não para mim.




Eu me desafiei a não me apaixonar por ele, mas perdi.


_________________________________________________


Quem ai gosta de desafios?

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Pura Magia


Foi há dois anos atrás. Eu e algumas amigas combinamos de ir ao circo. Marcamos um final de semana e fomos. Ingressos, pipocas, algodão doce e risadas. Há quanto tempo eu não fazia isso, acredito que era criança quando fui pela ultima vez em um circo.

Uma arquibancada imensa, pouca platéia. Dava até dó dos artistas, anos de treinamento para pouca consideração publica. Mas o importante é que eu estava lá, me divertindo como nos velhos tempos.

Truques de mágica, trapezistas, animais, palhaços, dançarinos. Tudo aquilo era formado de tanta magia que eu nem lembrava mais quem era. Aquele mundo era especial.

E se repente ele surgiu. Conseguia tirar sorrisos de todos, desde bebês até pessoas idosas. Sua magia era uma das mais especiais dali. Ou pelo menos eu comecei a acreditar nisso depois daquele momento.

Assisti ao espetáculo inteiro, até o ultimo truque. Depois que acabou, decidi ir até o camarim encontrar ele, aquele qual fazia qualquer rosto mostrar a alegria. Minhas amigas não quiseram me acompanhar, então fui sozinha.

Pedi licença ao entrar. Ele estava sentado de frente á um espelho, tirando sua maquiagem. Seu sorriso sumiu em poucos segundos, mas a sua magia ainda estava ali, eu sentia. Ele me enfeitiçou. Tanto a beleza de seu trabalho quanto a sua beleza física eram maravilhosas.

Ele sorriu, ainda de frente para o espelho, me olhando pelo reflexo. Apenas sorri de volta e acenei. Depois disso apenas fui embora. Reencontrei minhas amigas e seguimos para nossas casas. Elas estavam felizes com o espetáculo e eu não conseguia prestar atenção no que diziam.

No dia seguinte voltei ao circo. Assisti o espetáculo de novo. Aquela magia me encantava cada vez mais. E na hora que ele foi fazer o seu truque de sorrisos, me olhou e sorriu, retribui o sorriso.

Ao final do espetáculo fui ao seu camarim, mas ele não estava lá. Resolvi voltar para casa, talvez voltasse no dia seguinte para assistir o espetáculo pela terceira vez.

Sim, voltei, mas não havia nada ali. Era como se eu tivesse sonhado com tudo aquilo. Só e restaram as lembranças e um panfleto caído ao chão, que dizia: Circo Imaginnarium: um final de semana cheio de sorrisos. Agora estava esclarecido, era apenas um final de semana.

Nunca acreditei nisso. Acho que nunca escutei alguém falar aquilo. Comecei a esperar finais de semana mais do que as outras pessoas, elas esperavam para descansar, e eu esperava para vê-lo novamente, porém isso nunca acontecia. Vocês podem não acreditar, mas eu me apaixonei por um palhaço.



____________________________________________


E vocês, gostam de se apaixonar por palhaços?

(Esse conto foi um pedido da minha amiga Bruka haha)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Não foi dessa vez


Minha prima me convidou para ir á um rodízio de pizza com ela e seus amigos, pois era seu aniversario. Aceitei, mas eu sabia que ia me sentir um pouco sozinha porque todos eram mais velhos.
Chegando lá, esperamos arrumarem a mesa, então ficamos em pé aguardando todos chegarem. Eles iam chegando aos poucos. Havia apenas um casal em todo grupo. Outras pessoas entraram no rodízio enquanto isso, um grupo de amigos entrou. Um deles me chamou atenção, acredito vocês saibam como é isso.
Nos sentamos á mesa, como era bem extensa, ele não me viu. Me levantei para buscar refrigerante, acabei esbarrando no menino que estava com a namorada, pedi desculpas e reparei que, o menino que havia me chamado atenção, estava me olhando e comentando com o amigo. Acredito que nessa hora ele me viu.
Logo me sentei, morrendo de vergonha. Pelo menos ele tinha reparado em mim. Depois ficamos trocando olhares, apenas. De repente ele se levantou, me assustei por um instante, ele se sentou novamente, dessa vez na minha mesa, em uma mais cadeira perto de mim.
Algum tempo passou e ele conteve seus olhares. Começou a fazer dobraduras em um guardanapo. Não vou mentir, eu estava curiosa sim. Era uma flor de papel, acabei escutando seus amigos dizerem para me levar, mas ele respondeu que estava com vergonha. Eu apenas fingia que não escutava.
Depois dos amigos convencerem, ele tacou a flor, mas infelizmente caiu no prato do menino que namorava, e ele amassou pensando que era lixo. Ele continuou me olhando, e sorriu, como se dissesse que tentou. Eu tentava me conter, mas ele me deixava boba só com aqueles olhares.
Infelizmente eu tive que ir embora. Ainda me lembro dos amigos dizendo pra ele que se fosse mais rápido não teria perdido a chance. Enquanto eu me preparava para ir embora ele me olhava e quando eu me afastei mais vi seus lábios se mexerem, dizendo:
- Uma pena que não tenha sido dessa vez!


Quem disse que contos não terminam com um "até logo"?


______________________________________________



E vocês, gostam de ganhar flores?

Conto real, mas a dona deseja permanecer anônima.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Minha vida é um filme


Era um aniversário. Todos passamos o dia em um condomínio, comemorando. Mais à tarde o calor nos deixou e o frio estava lá conosco. Me sentei com alguns amigos á beira de um murinho, algumas pessoas que eu não conhecia estavam lá, eram amigos dos meus amigos.
Eles passavam o tempo com algumas brincadeiras e conversas jogavas ao vento. Eu participava das conversas, ainda mais quando me interessavam. Um garoto se sentou ao meu lado, na muretinha. Conversamos sobre quase tudo. Depois de um tempo a conversa mudou e ele começou a jogar algumas indiretas. Quase no final da conversa joguei uma indireta de volta. Assim, foi a nossa despedida.
Algum tempo depois ele resolveu pedir meu e-mail para um amigo, depois de alguns dias me adicionou. Nunca nos encontrávamos no MSN, então ele me deixou uma mensagem offline que dizia: Adorei te conhecer. Gostaria de te encontrar de novo, quando vier aqui me avisa.
Felizmente na próxima semana eu tinha combinado que iria no condomínio visitar uns parentes. E deixei uma mensagem offline para ele, dizendo o dia em que eu ia.
A semana demorou a passar, mas finalmente o dia tão esperado chegou. Nove horas da manhã meu tio estava me esperando na porta de casa para me levar até lá. Quando cheguei, fiquei no apartamento do meu tio esperando meu primo acordar, só depois eu ia ver como ia encontrar ele.
As horas demoravam um pouco para passar. Meu primo finalmente acordou, e, enquanto se trocava, a campainha tocou. Minha tia foi atender, era ele, ele me viu no final do corredor, sorriu e disse alto, como se fosse pra mim:
- Estou indo jogar fut, desce lá comigo.
Logo ele saiu que ele saiu, meu primo terminou de se trocar. Disse que ia descer e falou para eu ir junto senão ia ficar lá no apartamento sem fazer nada, eu desci, né? E também, o que eu queria estava lá embaixo, eu mal esperava para ficar perto dele.
Quando desci, logo atrás do meu primo, ele estava na quadra, jogando com alguns outros garotos. Logo que me viu abriu um sorriso lindo, mas não disse nada, continuou jogando futebol. Eu assistia de fora da quadra, uma grade nos separava. De repente ele fez um gol, e eu sorri em sinal de aprovação. Ele se aproximou de onde eu estava e me deu um selinho pela grade.
Depois de mais alguns minutos de olhares e futebol, todos os seus amigos foram para seus apartamentos, o céu estava ameaçando. Ele pediu para que eu ficasse com ele, entramos na quadra. Ele me abraçou, olhou bem nos meus olhos e depois me beijou. Começou a chover.



E quem diz que a chuva não trás lembranças está errado.

___________________________________________



Parece filme, não é?


Querem saber com quem aconteceu isso? Então me perguntem :)

Conto Real.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Um passo de cada vez


Era só mais um dia comum. Eu estava louca para o fim do expediente. Chegar em casa seria um alivio. Quando mais um cliente chegou querendo ver os carros. Mostrei todos os carros para ele que, enfim, foi embora depois de uma boa conversa.

No dia seguinte, fui á sua loja de animais, ele era veterinário. Como desculpa, comprei ração de gato para uma amiga, ela realmente tinha um gato, mas eu queria ver o cliente novamente.

Quando fui embora houve a famosa troca de olhares, ele me deu um selinho, e até hoje diz que fui eu quem deu. Depois de algum tempo que sai de sua loja, mandei uma mensagem que dizia que ele mexia comigo. Ele respondeu dizendo o mesmo.

Algum tempo depois ele começou a me ignorar, tentei conversar mais algumas vezes e não deu certo. Parti pra outra. Se ele não me quis, tinha quem quisesse.

Como não mandamos no futuro, acabei sendo transferida na empresa e fui trabalhar em outra cidade. Com isso se passaram dois anos. Nunca mais me lembrei dele, e, se me lembrei foi em questão profissional.

Um dia recebi um recado da recepção da loja, dizendo que era para eu ligar para um cliente que havia me procurado. Quando liguei era ele. Disse que ligou na montadora, pegou o numero de todas as lojas, ligou em todas até me achar.

Hoje estamos namorando.

E agora eu digo: Nem só o destino une as pessoas, nós mesmos podemos correr atrás da felicidade.



_____________________________________________



Conto Especial


E ai meninas, quetal deixarmos eles correrem atrás um pouco?


Conto Real.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Sintonia


Começo de ano é uma tortura. Eu não conhecia ninguém da minha sala e havia muitas pessoas para conhecer. Era impressionante como acabamos fazendo uma amizade no começo do ano e logo depois mudamos e pensamos outras coisas sobre aquela pessoa.

Bom, depois de alguns dias de aula eu até que comecei a me interagir mais com a sala. Depois de mais alguns dias já participava das piadinhas e tudo mais. E depois de mais dias já estava me sentando no fundo da sala com a galera do “fundão”.

Vocês sabem, junto com as aulas logo vêm os trabalhos. O professor de Educação Física mandou fazermos uma coreografia em grupo. Como eu já estava amiga de alguns, acabamos combinando de fazer com uma música que era agitada e estava super em alta na época, além de tudo era engraçada.

Éramos em duas meninas e quatro meninos, combinamos, então, de irmos á minha casa fazer a coreografia. Eu e a outra menina fizemos um par e os outros dois pares eram de meninos. Um desses meninos conversava bastante comigo. Esse menino era exatamente aquele que eu vi no começo do ano e gostei, mas até esse dia nada tinha acontecido, a não ser conversas normais.

Depois do ensaio o pessoal começo a ir embora, o trabalho já estava pronto e tínhamos passado uma tarde inteira juntos. O ultimo a ir embora foi ele, que, ficou na minha casa propositalmente. Conversamos muito e por um bom tempo. As suas palavras saiam da sua boca, passavam pelos meus ouvidos e iam diretamente ao meu coração. Era uma sintonia inexplicável.

Mais algumas palavras dirigidas ao meu coração e logo depois uma confissão: Ele gostava de mim. E disse que me achava muito linda. Nessa altura, que menina não cairia de amores? Logo depois da sua confissão ele me beijou.


Depois daquele dia, depois de idas e vindas, ele então se tornou o amor da sua vida..


____________________________________________




A dona deseja permanecer anônima, mas o sentimento dela está ai para vocês.


Conto Real.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Dias Melhores


Mais um ano escolar. Sala nova, colegas novos, professores novos. Incrível, mas eu não estava nem um pouco feliz com essa mudança, queria meus amigos antigos, minha sala antiga e todo o resto que ficou para trás.

Passados alguns dias, comecei a conhecer melhor as pessoas da minha sala, mas uma semana não é tempo suficiente para uma amizade com confiança, o meu problema era tempo. Eu precisava de mais tempo com aquelas pessoas, de mais conversa.

Entre todos os meus novos colegas, um me chamou atenção. Uma atenção diferente. Acredito que vocês entendam sobre o que estou falando, né? Então, guardei isso por uns dias, depois contei para algumas amigas, de outra turma. Acabaram descobrindo que ele também estava afim de mim, e disso começamos a conversar pelo MSN.

Na sala de aula apenas trocávamos olhares, e acreditem, eram poucos. Quando chegávamos em casa, a primeira coisa era entrar no MSN e conversar mais um pouco. Não sei o que tanto tínhamos para falar um para o outro. Sei que em uma de nossas conversas ele me chamou para sair à tarde. Sim, sair. Só nós dois. Um encontro. Marcamos.

E na escola era a mesma coisa, só olhares, mas nada. Nesse dia sairíamos, ninguém sabia de nada, nem minhas amigas mais próximas. O melhor é deixar acontecer e depois contar, nada precipitado, já bastava toda a minha ansiedade.

Era uma tarde chuvosa, mas a chuva não me impedia de sonhar e muito menos de realizar. Fomos em um lugar calmo, onde não chovia, uma lanchonete. Mal conversamos, éramos dois tímidos tentando achar palavras, mas acabávamos falando coisas não tão interessantes e riamos, com mais vergonha.

Depois de algum tempo acabamos ficando. Inexplicável é a sensação das gotas da chuva, perdidas, caindo em meus ombros e dos lábios quentes dele nos meus. Preciso dizer mais alguma coisa? Gestos dizem o que palavras não conseguem dizer.

Já se passava da hora de voltar para casa, mas nenhum de nós dois queria ir. Aqueles beijos e abraços. Eu nunca mais queria ir embora de lá, nunca mais. Mas infelizmente uma hora tivemos que nos despedir, e isso aconteceu na chuva. Alguns dizem que gotas são lágrimas do céu, já eu diria que são sinal de um recomeço de todo o ciclo. Aquele foi um dia novo, de uma vida nova de duas pessoas, eu sabia que o futuro me reservava dias melhores dali para frente.

Depois desse dia saímos mais algumas vezes, mas na escola eram apenas olhares de quem sabia que palavras não valem mais nada. Não para nós dois.


_______________________________________________


Quem não quer um amor as escondidas?

A dona desse conto quer continuar misteriosa. Ela sabe que sou uma das pessoas que mais torce pra que isso tudo continue dando certo. Sua história é linda. E agora virou um conto.


Conto Real.


sexta-feira, 2 de abril de 2010

Roda Gigante


Em um final de semana qualquer, meus pais decidiram visitar a minha avó. Sempre íamos visitá-la e sempre era meio chatinho. Na cidade dela não havia muita coisa para fazer, mas tive que ir até a cidade dela.
Era sempre a mesma coisa, ficávamos apenas em sua casa, às vezes eu dava umas voltas pela cidade com alguns amigos que tinha feito por lá, mas seria muito melhor se eu estivesse em casa.
Enquanto andava pela cidade, muitos cartazes diziam que naquele final de semana seria a inauguração do parque da cidade, depois da reforma. Fazia muitos anos que o parque estava fechado e como eu já estava lá, ia aproveitar, né?
Avisei para meus pais que ia ao parque com alguns amigos, eles deixaram. Me arrumei e a noite fomos.
Tinham poucos brinquedos e muitas barracas. Jogamos em muitas barracas, acabei ganhando alguns ursinhos de pelúcia e mais algumas prendas. Depois fomos em alguns brinquedos, deixei por ultimo a roda gigante, para ver o céu cheio de estrelas.
Finalmente chegou a hora de ir na roda gigante, sempre gostei delas. O carrinho era para duas pessoas, então mais um iria comigo, só que, estávamos em números impares e eu acabei sobrando. Um garoto sentou ao meu lado. Fiquei um pouco calada.
Dava pra ver a cidade inteira lá de cima, mas eu tinha um pouco de medo. Os carrinhos nunca parecem seguros. As primeiras palavras que escutei foram:
- Se sentir medo, pode segura na minha mão.
Isso me deixou mais à vontade. Conversamos um pouco e acabamos ficando. O vento bagunçava o meu cabelo, e ele, o meu coração. Naquele dia as estrelas brilharam mais no céu.

________________________________________________


Quem ai quer um romance nas alturas?
( conto de @dellziinha )

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Você irá me procurar?


Era domingo e ia ter um show na minha cidade. Teriam duas bandas de outros estados e muita gente curtia essas bandas. Ia lotar, eu tinha certeza disso, então não tinha como ficar de fora, né?
Me arrumei e fui para a casa da minha amiga e vizinha, sempre íamos juntas aos lugares.
O local do show era bem próximo de nossas casas, umas duas ruas para cima. Chegamos vem rápido. Encontramos um casal de amigos na porta, compramos o meu ingresso e logo depois entramos.
Não estava cheio ainda e muitas pessoas conhecidas já estavam lá. Depois de muito tempo andando, muitas bandas desconhecidas e muita gente estranha, começamos a ficar cansados e sentar em qualquer lugar. Nos sentamos todos no chão, no canto, e ficamos um bom tempo ali.
Quando a primeira banda principal começou a tocar, fomos para perto do palco, já estava cheio de gente, mas arrumamos um lugarzinho.
Eu não fiquei muito tempo em pé e já começaram a doer minhas pernas, me sentei no cantinho e encostei na parede. Fiquei assistindo o show dali.
Meus amigos ainda estavam assistindo o show, ás vezes algum deles se sentava ao meu lado, mas logo voltavam para perto do palco.
Até que, uma hora, três meninos se sentaram ao meu lado. Dois de um lado e um do outro. Perguntei se queriam que eu saísse dali, mas disseram que não precisava.
Conversamos por um bom tempo, eles eram bem legais, não eram daqui e moraram um pouco longe, mas sempre vinham pra cá. Passou mais um tempo e um dos três saiu dali. Continuei conversando com os outros dois. Um deles começou a se aproximar de mim, eu já tinha percebido suas intenções e deixei. Quando o outro saiu, nós acabamos ficando. Nada como beijos de música romântica.
Nem vi a banda principal subir ao palco, só sabia que era a ultima e só escutava. Meu interesse era ele.
Estávamos abraçados, era um momento único, sua música preferida estava tocando. Ele cantou uma frase da música no meu ouvido que eu nunca mais vou esquecer: “Se eu te disse que eu não vou mais voltar, você irá me procurar?”.

________________________________________________

Tem algo mais bonito do que o som das palavras de quem se gosta?
(conto de @isabellab2 100% real)