domingo, 31 de outubro de 2010

31 de Outubro : Festa de Halloween

Era outubro, mês de Halloween. Todos estavam ansiosos, inclusive eu, pois sempre apareciam muitas festas nessa época. Mas dessa vez foi diferente, o dia 31 foi se aproximando e parecia que ninguém ia fazer uma grande festa, por isso eu decidi organizar uma.

Faltava apenas uma semana para o dia das bruxas, pena que ele ia cair em uma quinta-feira. Pedi ajuda aos meus amigos, cada um organizaria uma coisa: comida, decoração, convites, divulgação. Todos estavam animados com isso, então parecia que ia ser uma ótima festa!

A festa seria na garagem de casa, não era muito grande, nem muito pequena, era do tamanho ideal. Convidei apenas amigos próximos, mas eles poderiam levar seus amigos. Ah! Eu não contei, mas convidei o garoto que eu estava a fim, contava com a presença dele. A decoração eram algumas teias de aranha, algumas abóboras e pouca luz. Tudo parecia ir dando certo aos poucos.

Na quinta-feira á tarde alguns amigos me ajudaram a arrumar tudo, precisava dar tudo certo. Depois cada um foi para sua casa, precisávamos nos arrumar para a grande noite. Eu estava com um sorriso que não sumia do rosto. Minha fantasia era de bruxa, mas eu não usei o chapéu, pois estava com um penteado bagunçado.

Aos poucos meus convidados começaram a chegar. Logo já começaram a colocar músicas e ligaram as luzes. Era uma boa festa. Eu recepcionava cada convidado e seus amigos. Todos pareciam estar ali, menos quem eu desejava mais.

Tentei me divertir, não podia ser uma anfitriã com cara de desapontada, precisava estar bem. Mas as horas foram passando e eu comecei a acreditar que ele realmente não ia para a festa. Deixei os convidados na garagem e fui dar uma volta no jardim.

Tudo estava perfeito para a festa. A Lua era cheia, o vento soprava pouco, não estava muito frio nem muito calor, mas ele não estava lá. No fundo, antes da festa, eu acreditava que, se ele fosse, as coisas entre nós poderiam mudar. Ás vezes por uma simples conversa, pelo menos uma amizade poderia acontecer, mas com ele não indo minhas esperanças se esgotaram.

Fiquei mais um tempo no jardim, estava sentada em um banco. Alguns amigos foram perguntar porque eu estava sozinha lá, eu apenas disse que estava com calor. Minha boca dizia isso, mas meus olhos não mostravam a mesma coisa.

Quando estava sozinha olhando para o chão, alguém se sentou ao meu lado. Preparei-me para dar a desculpa novamente, mas quando olhei quem era, perdi a fala. Sim, era ele. Não consegui para de olhar para o seu rosto, estava todo pintado de vermelho e com dois chifrinhos na cabeça. Ele sorriu, olhou para o chão, olhou para meu rosto e disse:

- Me desculpe pela demora...- ele fez uma pausa pouco dramática – Fiquei horas pensando se deveria vir, se deveria me arriscar...

- Porque se arriscar? – Interrompi.

- Tive medo de chegar e te ver com outro garoto, essa é a verdade.

Fiquei sem palavras, mas ele continuou:

- Decidi vir porque precisava te ver, precisava ouvir a sua voz, pelo menos uma vez. Queria saber se nossas trocas de olhares no colégio valiam mesmo, ou se eram apenas trocas de olhares estranhas. Queria saber se você ia querer...

Sem terminar a frase ele me beijou. O vento fazia meu cabelo se bagunçar mais. Aquele banco e aquele jardim já não existiam mais, nem a festa, nem ninguém, só nós dois. E, até hoje, ainda é assim.



Só no Halloween bruxas terminam festas com diabinhos. Nos outros dias garotos e garotas não terminam, mas continuam suas lindas histórias.

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O conto não é Real.



Como foi sua festa de Halloween?


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