terça-feira, 27 de julho de 2010

Parte II : Só o Mar, Só Você.


Uma noite mal dormida, um sorriso estampado no rosto que não saia de jeito nenhum e as minhas duas melhores amigas. Era o começo da nossa tão esperada viagem. Cada uma foi com seus pais, mas nos encontramos em frente ao Porto.

A ansiedade nos fazia pular, nossos pais pareciam estar felizes, mas todos sabíamos que a saudade ia bater uma hora ou outra. Foram muitos abraços, vários ‘até logo’, alguns ‘boa viagem’. Nós tivemos que nos apressar para levar nossas bagagens. Depois ficamos acenando para nossos pais, nós no navio, eles no porto, foi como um filme.

Primeiro conhecemos nosso quarto. Três camas com ótimos colchões, uma linda vista para o mar azul. Recebemos nossas malas e saímos para conhecer o navio inteiro. Era maravilhoso. O restaurante, a sala onde iriam ter as festas e até os uniformes dos funcionários eram fofos.

A primeira festa foi só para conhecer o pessoal, conhecer tudo. Foi ótima, nem preciso dizer nada. A Anna acabou ficando com um menino, mas depois eles se despediram e nós três ficamos juntas até as três da manhã.

No dia seguinte apenas acordamos para o almoço. Ah, eu dormi como um anjo! De tarde tinham várias atividades, mas nós três preferimos a piscina, claro. Foi uma longa e deliciosa tarde com muita gente e novos amigos. A Patrícia acabou encontrando um menino que ela tinha paquerado na noite anterior, eles ficaram conversando. Nós só fomos voltar para o quarto as seis e meia da tarde, para nos arrumarmos para o jantar e a próxima festa.

Dessa vez o tema da balada era mais formal, era um baile. Meninas de vestido e meninos de terno, estava tudo muito lindo. Jantamos e fomos direto ao salão de festas. Logo minhas amigas acharam seus pares. Como fiquei sozinha, fui tomar um suco e olhar o mar, afinal, eu estava em um navio, festa era o de menos por ali. Fiquei sentada, em uma cadeira para tomar sol, apenas olhando aquela imensidão azul. Não demorei muito a ir dormir.

Levantei cedo na manhã seguinte, as meninas continuaram dormindo. Fui tomar café e de novo ver o mar. Após cinco minutos alguém se encostou ao meu lado, olhei, achando que era uma das meninas, mas não era. Era um garoto e ele olhava fixamente para o mar. Depois de segundos ele começou a falar, ainda olhando o mar:

- Te vi sozinha aqui ontem. Não sei o seu nome, você não sabe o meu, mas se quiser compartilhar algum segredo saiba que sou um bom ouvinte...- Quando terminou, olhou para mim e sorriu.

Eu apenas sorri, pensei por alguns segundos e depois disse:

- Gabriela, meu nome é Gabriela. E eu apenas acho essa paisagem perfeita.

Foi assim, ficamos olhando o mar, apenas nos despedimos na hora do almoço. Almocei com a Anna e a Patrícia, mas não contei nada sobre o garoto, foi apenas uma conversa.

Na festa dessa noite dançamos um pouco juntas, mas depois de um tempo elas encontraram os seus parceiros e essa era a minha deixa. Adivinha? Fui olhar o mar.

Dessa vez tinham pegado meu lugar, era o garoto. Me encostei ao seu lado, ele me olhou e disse:

- Estava te esperando.

Aquela foi a melhor noite, conversamos sobre tudo. Descobrimos que morávamos longe, ao muito, mas que seria difícil nos vermos novamente. Fiquei um pouco triste por isso, eu já sentia alguma coisa por ele, algo além de amizade.

A nossa conversa foi tão longa, que as risadas foram até as duas da manhã. Eu estava com um pouco de sono, então ele me levou até o andar das meninas. O dos garotos era no andar de baixo. Ele me deu um beijo na testa, foi como se me dissesse boa noite.

No dia seguinte não o encontrei de manha, nem no almoço e muito menos durante a festa. Fui para fora, procurando por ele e também não estava ali. Quando cansei de procurar, fui até a piscina e o achei. Quando ele me viu, apenas sorriu. Pegou a minha mão e fomos até o melhor lugar, aquele onde olhávamos o mar.

Não conversamos dessa vez. O que se ouvia era o som do mar de um lado e de outro o som das musicas na festa. Eu apenas sentia o vento nos meus cabelos, meu coração quase saindo fora e o dele, sim eu senti seu coração. Depois eu apenas senti nossos lábios, juntos, como se um fosse a continuação do outro.






Não quero te ver novamente, quero, apenas, continuar acreditando que esse foi o melhor sonho da minha vida.

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E vocês, já quiseram guardar momentos como se fossem um sonho?

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Parte I : Só o Mar, Só Você.


Tudo começou com uma viagem, uma viagem que eu não faria. Meus pais na concordaram, porque sentiam medo por mim. Você pode estar se perguntando qual é o motivo de eu querer tanto viajar, pois vou lhe dizer. Eu ia passar cinco dias em um navio com uma programação para adolescentes, passaria esse tempo com as minhas duas melhores amigas, Anna e Patrícia.

Bom, meus pais não deixaram, inventaram algumas desculpas esfarrapadas e só me restava me lamentar. Sim, eu sentia inveja das minhas amigas, mas não inveja ruim, queria que elas se divertissem, mas eu queria me divertir junto. E eu sei que elas estariam na piscina com mais mil pessoas e eu estaria deitava na cama me lamentando.

Tentei aproveitar o tempo com as minhas amigas antes que elas viajassem, elas agiam como se escondessem algo de mim. É, talvez eu não pudesse nem sair com elas e depois da viagem só saberiam falar sobre tudo o que aconteceu em cada dia.

No dia anterior da viagem, decidi passar o dia comento chocolate na frente do computador. De repente, levei um rápido susto, mamãe abriu a porta e disse:

- Vou até o mercado, não sabia que tinha acabado a cenoura, nunca tem cenoura nessa casa...

E ela saiu reclamando, era engraçado quando isso acontecia, mas nem isso me fazia rir. Mal percebi que ela saiu, fiquei apenas olhando alguns vídeos sobre a viagem que minhas amigas fariam sem mim. É, eu estava me afundando sozinha quando devia estar tentando me fortalecer.

De repente, Anna entrou no meu quarto correndo e com um sorriso de orelha a orelha. Patrícia já abriu a porta do guarda roupa e pegou uma mala. Eu olhei para aquilo tudo, enquanto dizia:

- Se quisessem uma mala emprestada, era só pedir, não precisam ser agressivas...

- Sua boba, você vai com a gente! – Disse Patrícia, exultante.

Demorei para cair na real, demorei mesmo, tipo uns 5 minutos. E nesse tempo elas já tinham atacado meu guarda roupa e metade das minhas roupas estavam jogadas pelo chão e pela minha cama.

Corri até a sala, abracei a mamãe, chorando, e depois o papai, só consegui agradecer quando sequei algumas lágrimas fujonas:

- Obrigada, tenho certeza que será a melhor viagem da minha vida!

Terminamos de arrumar a mala depois de duas horas. Era mais ou menos onze da noite e elas precisavam ir para suas casas dormir ,na verdade, nenhuma de nós três ia conseguir dormir, mas precisávamos nos despedir de nossas camas quentes e aconchegantes, pois no dia seguinte estaríamos a bordo de um navio fantástico.



Continua...

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Que vocês esperam que aconteça nessa viagem?

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Se não fosse tarde...


Imagino nós dois andando, descalços, sob a grama, macia e molhada em uma linda e ensolarada manhã. Estaríamos de mãos dadas, caminhando sempre juntos. Você colhia uma flor, e me entregava, junto me presenteava com um beijo doce e calmo. Um daqueles beijos como de filmes, que nos deixam nas nuvens.

Depois nos sentaríamos na grama, ninguém estava a nossa volta. Conversaríamos por horas e estaríamos rindo o tempo todo. É assim que eu imagino, bem assim. Seria uma conversa boa, sem termino. Não nos lembraríamos de nada a não ser de nós e daquele lugar.

Após isso nos deitaríamos, eu encostaria minha cabeça no seu peito e escutaria o seu coração bater. Consigo imaginar muito bem isso. Aquele seu doce cheiro de erva-doce me fazendo suspirar junto com as batidas do seu coração.

Eu te enxeria de beijo após você me confessar, olhando para o céu, que estava perdidamente apaixonado. Você ia rir e eu ia sentir meu coração nas nuvens. Seria impossível não te amar mais a cada segundo com tudo aquilo acontecendo.

Depois ficaríamos apenas deitados, olhando para o céu. Mais um tempo ia se passar e começaríamos a olhar as nuvens e dizer com o que se pareciam. Eu acharia uma em forma de coração e ele diria que as nuvens apenas parecem nuvens. Depois disso iríamos rir, até que nossos olhos se encontrassem e aqueles dois sorrisos se transformassem em um único beijo.

Acabaríamos ficando em silencio, apenas admirando o céu, até que as nuvens fossem embora e trouxessem estrelas. Aquilo tudo tinha um sentido mágico. Aquilo tudo devia ser mais que o meu pensamento.

Se você não tivesse me deixado há uma semana atrás por causa de outra garota, talvez tivéssemos feito tudo isso que eu descrevi. Talvez tivéssemos feito ainda mais passeios como esse, talvez todos fossem de verdade.Se já não fosse tarde eu diria o quanto te amo e que estou perdidamente apaixonada por você.






Talvez nossos olhos só se abram quando o sonho já virou pesadelo. Tente abri-los antes.
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O conto não é Real.


E você, já se arrependeu de sonhar demais?

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sorvete de Amor


- Ah, esse ano vai ser tranquilo!

Foi o que pensei ao entrar no colégio, pena que foi um pensamento precipitado. Não havia nenhum menino novo bonito, pelo menos na minha turma.

Eram sempre os mesmos alunos, alguns novos, só que dessa vez uma “criatura” entrou. Ela era estranha e parecia estar com vergonha de se comunicar, lógico, afinal era o primeiro dia de aula. Tentei conversar com ela, mas parecia ser um pouco chata, então desisti.

Na saída do colégio, vi que ela foi embora com um garoto muito lindo. Fiquei desapontada, deveria ser o namorado dela. Mas não rolou nem beijinho nem nada, fiquei com esperanças.

No dia seguinte acabei descobrindo que era seu irmão, acreditem se quiserem! Perguntei como ela ia embora, tentei conversar mais com ela, só que a menina insistia em ser chata, falava mais que a boca e só falava o que eu não queria saber. Eu só queria saber do irmão dela.

Quem espera que no segundo dia de aula passem trabalho? Ninguém.Santa professora de biologia! Ela me salvou, grudei no braço da menina e perguntei se podia fazer com ela. Acabamos marcando para o mesmo dia. E o melhor, EM SUA CASA. Virei a BFF dela na hora.

Na volta, seu irmão foi nos buscar. Abriu um lindo sorriso quando soube que eu ia fazer trabalho em sua casa. Fomos a pé até a casa deles. Eu e ele conversamos o tempo inteiro. Descobri que seu nome era Lucas, que tinha 18 anos e que estava terminando o ensino médio em outro colégio.

Enquanto fazíamos o trabalho, não, enquanto ela fazia o trabalho eu e ele continuamos conversando muito. Até que uma hora ele me chamou para jogar videogame. Sim, lógico que aceitei.

Várias partidas. Perdi muitas vezes, ele ganhou quase todas, mas o que valeu foi a intenção, e que intenção! Apostamos que quem perdesse ia ter que pagar um sorvete para o outro, coisa boba né? Mas a segunda parte da aposta é que teria que falar alguma coisa estranha para o sorveteiro.

Encontramos um sorveteiro, mas eu não sabia o que falar de estranho. Então, quando ele perguntou que sorvete eu queria, eu disse:

- Tem sorvete de amor?

O Lucas me olhou com uma cara de surpresa e depois riu, me fazendo ficar sem graça. O sorveteiro xingou, porque achou que estávamos rindo dele e saiu. Acabei ficando sem saber o que dizer. Acabamos ficando ali no meio da rua. Quando deu a hora e eu precisava ir embora, me despedi dele e até esqueci de me despedir da minha nova amiguinha. E quando ele acenou de longe, disse:

- Nem precisou de sorvete de amor, né?

Fui embora rindo.

Quando encontrei a minha parceira de trabalho no dia seguinte, fui falar com ela. E meia sem jeito, comecei a tentar explicar:

-...Então, sobre seu irmão mais velho...

- Já sei de tudo! – ela me interrompeu. – E estou feliz, mal posso esperar para nós passarmos mais tempo juntas!






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Escrevi esse texto para um concurso da revista Capricho, não ganhei, mas participei. Está ai o texto para vocês darem uma olhadinha. Que acharam?


quarta-feira, 14 de julho de 2010

Sem Domir


Fechei os olhos enquanto encostava minha cabeça no travesseiro. Estava macio e gelado, como em todas as noites, mas naquela noite estava um pouco mais gelado. Eu estava com frio. Me levantei para pegar mais um cobertor. Meus passos eram silenciosos, eu não desejava acordar mais ninguém. Só que não conseguia dormir por ali.

Me deitei, novamente. Fechei os olhos e pensei. Pensei em como tinha sido meu dia. Acredito que seria lembrado sempre. Era o que o sorriso em meu rosto me fazia pensar. Aquele sorriso não me abandonava e nem deixava o sono me acalmar.

Os momentos que aconteceram durante as 12 horas anteriores passavam pela minha cabeça como um filme. Um filme romântico, muito romântico. Era como estar acordando de um sonho perfeito, aquele sonho que nos faz ficar com frio na barriga.

Duas horas se passaram desde que eu tinha deitado. É, pelo jeito o sono não queria chegar. Mas a verdade é que eu não queria dormir mesmo aquele dia. Queria pensar, pensar e pensar mais no que aconteceu e saber que tudo era realidade. Eu não tinha caído na real ainda, mas sabia que logo tudo ia fazer sentido.

Escutei o barulho da porta abrindo, fechei os olhos, rápido. Ouvi alguns passinhos, uma mão puxou a minha coberta e me cobriu direito, recebi um beijo na testa. Voltei a escutar os passos e o barulho da porta se fechando. Era a boa noite da mamãe, ela sempre ia ver se estava tudo bem e eram raras às vezes em que eu estava acordada. Mas eu não queria conversar, só queria ficar pensando sozinha e sorrindo.

Aquilo estava me consumindo de uma certa forma que eu nem lembrava mais que dia era. E eu nem queria saber que dia era. Só queria a realidade, ou a prova da realidade, a prova de que tudo aquilo era um sonho, assim eu poderia dormir, finalmente.

Mais uma hora sem sonho, mais sorrisos e até algumas lagrimas, lagrimas de felicidade. De repente, um barulho me assustou, era meu celular. O toque dele era a nossa musica, me fazia lembrar ainda mais do meu dia perfeito.

Não era uma ligação, não podia ser, deviam ser umas três da manhã. Era uma mensagem dele, que dizia: Agora você é oficialmente minha namorada, Te amo. Só assim eu consegui fechar bem os olhos e dormir como um anjo.




Só pude dormir quando soube que acordaria ainda vivendo naquele sonho. E a sua mensagem foi a prova da realidade.

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Este conto não é real.



E você, já sonhou hoje?

terça-feira, 13 de julho de 2010

Teu Olhar


Primeiro dia de aula sempre assusta, pelo menos eu me assusto com ele! Sou um pouco tímida e era a primeira vez que eu mudava de colégio, então eu estava com muito medo. Sabemos que uma primeira impressão conta muito em novas amizades. E também sabemos que quando alguém inventa ser outra pessoa, sempre se da mal no fim. É, eu seria eu mesma, com minha timidez e minhas bochechas rosadas.

Ninguém falou comigo até o primeiro sinal, fiquei uns cinco minutos procurando minha sala. Quando entrei todos estavam fofocando sobre as férias. Um pouco antes do intervalo eu já estava conversando com a maioria, eram pessoas legais, percebi que escolhi o colégio certo.

Quando desci para o intervalo, vi um grupo de meninos pelo caminho, um deles me chamou atenção. Ele estava rindo, na verdade todos estavam, mas foi o sorriso dele que me chamou atenção. Enquanto eu o olhava e andava, Ele me olhou de volta, sorrindo ainda mais. Tenho certeza que nesse momento fiquei roxa.

Me sentei com meus novos colegas, ficamos conversando, pelo que percebi, apenas eu e mais uma menina havíamos entrado na sala como alunas novas. De repente, Ele chegou e sentou conosco. Fez algumas brincadeiras com o pessoal, todos rimos. Então, Ele era simpático, lindo, popular e brincalhão. Que menina não cai por um desses?O tempo foi passando e era todo dia quase a mesma coisa, só nos víamos no intervalo.

Dois meses depois ia ter uma balada na escola, onde escolheriam o menino mais bonito e a menina mais bonita. Eu decidi não participar, não me achava tão bonita a ponto disso, mas algumas amigas minhas foram.

No dia da festa, me arrumei muito. Quem sabe Ele me olhasse com outros olhos, não sei como ele me olhava, se era amizade ou se queria o mesmo que eu: uma chance. Cheguei um pouco cedo na festa, pois queria ver minhas amigas desfilarem. Fiquei sabendo que Ele não ia desfilar, fiquei feliz, assim não iam ter muitas meninas atrás dele. Era o que eu achava.

Quando acabou o desfile, começaram as musicas e a balada. Fui dançar com o pessoal. Logo que achamos um lugar para dançar, vi que ele estava falando com uma menina. Era a menina com mais fama no colégio, acho que já tinha ficado com a maioria dos meninos. Fiquei muito triste, mas fingi que não estava vendo nada, principalmente quando vi os dois se beijando.

É, esquecer seria o melhor a fazer. Dancei mais um pouco e tentei não olhar mais para eles. Até que um menino, que eu nunca tinha visto antes, começou a conversar comigo, vocês sabem o que ele queria, e eu também sabia. Ele não era feio, mas eu não sabia se queria, estava chateada. Ele tentou vir pra cima e eu não quis, ele tentou de novo e, de repente, levou um empurrão. Não, não fui eu quem o empurrei, foi Ele! Depois ele disse para o garoto “Não ta vendo que ela não quer nada com você? Deixa ela em paz!” e saiu.

Fiquei sem entender nada, até o final na noite. Eu não o vi mais aquele dia. Queria falar com ele e saber o que aconteceu. Queria saber como ficaria tudo nos próximos dias.

Segunda-feira e não vi Ele no intervalo. Fiquei mais assustava ainda. Que será que estava acontecendo? Queria algumas respostas que só ele podia me dizer. Quando o ultimo sinal soou, desci e fui para a porta. Ele estava lá. Sorriu quando me viu e veio ao meu encontro. Me deu um beijo no rosto e disse:

- Preciso falar com você.

Eu diante de tudo isso fiquei paralisada e apenas o segui. Fomos até uma praça. Lá nos sentamos em um banco, ele estava olhando para o chão, acredito que estava procurando palavras, mas não as encontrava. Então, resolvi começar:

- Eu queria...Queria apenas saber porque fez aquilo por mim?

Ele respirou fundo, olho nos meus olhos, o que me mostrava confiança e disse:

- Fiquei com a menina, eu não sabia se você queria o mesmo que eu, não me arrisquei a chegar em você. Quando aquele menino se aproximou de você eu não consegui me segurar. – Ele parou para respirar. - Sempre as meninas mostram sinais mais fáceis, você é difícil de decifrar, eu não sabia se queria apenas amizade. Nunca fiquei muito tempo com uma menina, acho que nunca mais de um dia. Confesso que tenho medo do que pode estar começando a acontecer, mas eu quero que aconteça!

E um beijo selou o começo do que era nosso, apenas nosso.





Palavras podem enganar , atos podem confundir , mas um olhar, apenas, nos mostra a verdade.

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Este conto AINDA não é real, mas um dia será! A dona deseja permanecer anônima.

domingo, 11 de julho de 2010

O Mascarado


Nada pior do que ser acordada logo de manhã em plenas férias. É, mamãe me acordou porque havia acabado de chegar um pacote para mim. Mesmo sem animo, o abri. Tinha uma carta e mais um pacote pequeno dentro. Li a carta, que não era bem uma carta, era um convite para um baile de mascaras. Este seria promovido pela cidade e apenas alunos de alguns colégios estariam convidados. Na carta aparecia a lista de colégios, que eram no máximo oito. O baile seria no próximo final de semana.

Após ler e reler a carta, abri o pequeno pacote. Lá estava minha máscara. Era cheia de plumas roxas, era linda. Quando a tirei completamente do pacote fui até o espelho ver como eu ficaria com ela. O próximo passo seria o traje. No convite dizia que deveria ser formal e que só poderia ser na cor preta. Eu ia ter que comprar um, pois não tinha nada formal preto no meu guarda-roupa.

Eu tinha uma semana pra tudo ficar pronto. Eu havia mandado a costureira fazer um vestido que vi na Internet. Passei um dia com minhas amigas procurando sapatos. Acabamos mostrando nossas mascaras umas para as outras, afinal, nós teríamos que saber isso, pra nos encontrarmos.

No dia do baile passei o dia no salão de beleza fazendo várias coisas. Quando voltei para casa apenas tomei um banho e me vesti, já estava quase na hora de ir ao baile tão esperado. Papai me levou até a casa de uma amiga, de lá a mãe da minha amiga levaria ela, eu e mais três amigas, assim a gente não ia se perder.

Era uma porta para meninas e uma para meninos, pois o primeiro espetáculo da noite será o grande baile mascarado, onde os pares seriam formados pela sorte, sem poder escolher. Fiquei esperançosa, pois tinham muitos garotos de outros colégios que eu não conhecia e o menino por quem eu tinha uma paixão platônica talvez estivesse lá.

Começou o grande baile. Vou explicar como era, os meninos tiravam números em uma urna e iam procurar as respectivas donas dos números, eu estava com o numero 693 e demorou uns quinze minutos para estar frente a frente com o meu par.

Seus olhos eram de um azul tão profundo que eu acabei me perdendo neles. Quando chegou na minha frente ele sorriu, aquele sorriso valia mais do que ver quem estava por baixo da mascara. Em seguida ele me tirou para dançar. As musicas eram como valsas e me deixavam bem próxima dele, assim, eu apenas fechei os olhos e senti seu perfume por instantes, acredito que ele não tenha notado.

Após o término do grande baile, nos cumprimentamos e fui atrás das minhas amigas, não consegui encontrar nenhuma e só conseguia pensar nos olhos azuis dele. Quem era por baixo daquela mascara? Eu tenho certeza que seria uma duvida que me atormentaria por várias noites. Não consegui encontrar nenhuma das meninas, acabei me sentando em um dos sofás que estavam no mezanino.

De repente alguém se sentou ao meu lado e colocou um papel, era o número 693. Olhei para ele e sorri. Novamente me perdi em seus olhos. Conversamos sem dizer quem éramos, ficamos sabendo um pouco de cada um. Acabamos contando nossos colégios, ele era do mesmo colégio do menino por quem eu tinha uma paixão platônica, na verdade, era da mesma sala. Tinha os mesmos olhos, a mesma cor de cabelo. Só podia ser ele! Me arrisquei muito quando fiquei com ele naquele momento, mas eu queria apenas ser feliz. Ficamos juntos até o final do baile.

Acreditem, mal dormi a noite de tanta felicidade. Na segunda feira fui à escola radiante, contei o que aconteceu para minhas amigas, elas mal acreditaram. Após a aula fui até o colégio dele.

Quando nos vimos ele me falou oi e saiu. Fui atrás dele e disse:

- Você vai fingir que não aconteceu nada entre nós?

- Você ta louca? O que aconteceu entre nós, garota? – Isso mesmo, ele me chamou de garota!

- Ficamos no baile, sábado!

- Você está louca mesmo, eu nem fui ao baile.

Ele saiu andando e rindo, me deixando a beira de um quase choro. Levei um susto quando uma mão alcançou meu ombro esquerdo, limpei as poucas lagrimas que escorreram e dei de cara com uma expressão triste. Sim, eram aqueles olhos. Eu tinha errado a caça.

- Desculpe se você pensou que eu era outra pessoa.

- Pensei e te desculpo. – o abracei. – Você é muito melhor do que a pessoa que eu pensei que fosse, obrigada!




Não realizei um sonho bobo de ficar com a minha paixão platônica, mas eu encontrei alguém que merecia o meu sentimento e que me fez sentir algo novo: uma paixão de verdade.

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O conto não é real.


E você, já tirou a mascara de alguém hoje?

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Sempre fui sua


Nossa amizade é um pouco comum, teve inicio na nossa infância. Brincávamos juntos sempre. Naquela época não tinha isso de sentimento, era só amizade, era o mais forte que eu conseguia sentir por Ele. Bom, continuamos amigos ao longo do tempo. Crescemos um pouco mais. Encontramos novos amigos, mas a nossa amizade não mudava.

Um certo dia fomos á casa de uma amiga. Éramos em três meninas e quatro meninos. Ficamos tanto tempo conversando que ficou tarde e acabamos ficando para dormir. Não sei quem teve a brilhante ideia de jogar verdade ou desafio, mas todos aceitamos.

Depois de um tempo ninguém mais queria verdade, só estavam escolhendo desafio, que era mais interessante. De repente, caiu que minha amiga deveria perguntar para Ele. Na hora ela o desafiou a ficar comigo.

Não consigo explicar, mas me lembro, de todas as sensações estranhas que senti naquele momento. Além do nervosismo, claro. Eu nunca havia ficado com ninguém, mas estava feliz que talvez ele fosse o primeiro. Então, ele me ajudou a levantar, me levou a outro cômodo e, antes que nossas respirações se encontrassem ele confessou que também nunca tinha ficado com ninguém. E pela primeira vez nós dois ficamos, um com o outro. Parecia que estava escrito isso em algum lugar, só faltava o momento certo, que foi aquele. Esse foi o começo.

Depois de algum tempo juntos, ele foi à escola com uma rosa branca na mão, aquele seria o seu pedido oficial de namoro.

- Quer ser minha pra sempre? – Ele disse, um pouco tímido.

Claro que eu disse sim, era o que eu mais desejava. Ficamos dois meses juntos. Depois começaram as brigas e o ciúme. Até que um dia, vi em seu celular, que ele trocou mensagens com uma menina marcando um encontro. Foi o fim. Na hora decidi deixar a cidade e ir morar com meu pai.

Quando já estava morando em outra cidade, falava com ele e meus amigos apenas por MSN. Sem querer, acabei descobrindo que ele ia se encontrar com a garota para pedir que o deixasse em paz. A minha vontade de falar com ele e pedir desculpas era enorme, mas quando tentei, descobri que ele estava namorando a tal garota.

Passaram-se quatro anos e, então, não agüentei mais a saudade da minha mãe e dos meus amigos, decidi voltar a morar lá. Quando o vi na aula de canto, percebi que estava muito mais bonito do que antes. Passaram-se mais algumas semanas e já estávamos indo ao colégio juntos, como amigos, com brincadeiras e tudo. Um dia, durante o intervalo, entramos no assunto do primeiro beijo. Me senti chateada e acabei falando:

- Se não tivesse acontecido, eu não teria ido embora.

- Se não tivesse acontecido, isso não ia acontecer agora.

Então ele se levantou e saiu andando, me deixando completamente confusa. Em seguida ele entrou na secretaria e pegou o microfone da escola, um violão e um amplificador. Começou a cantar minha música preferida e, como na primeira vez em que me pediu em namoro, disse:

- Você quer ser pra sempre só minha? Agora com um garoto maduro!

- Eu sempre fui só sua!





A distancia não é capaz de apagar um sentimento forte, mas a proximidade o faz reviver.

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O conto é real e a dona deseja continuar anônima.



E você, já se lembrou dele(a) hoje?

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Um Ato Inesperado


Sempre gostei de você. Sempre te vi de eu jeito mais que especial, mas acho que os seus olhos não me enxergavam da mesma forma. Tentei, sempre te respeitando, ficar mais próxima, mas talvez, com isso, eu só conseguisse ficar cada vez mais distante de ti.

Uma vez aconteceu um episodia ruim em sua vida, me lembro como se fosse agora. Fui até sua casa tentar um consolo amigo, pois era isso que você parecia querer, apenas minha amizade. Você estava sozinho, triste, com muitas coisas na cabeça e ao mesmo tempo com nada. Um abraço profundo fez você respirar, acho que pela primeira vez depois do ocorrido. Foi assim, começou com um abraço, depois com carinhos, beijos e fui deixando acontecer, deixei porque te amava.

Um mês se passou e aquele dia foi apagado de nossas memórias. Foi como se nada passasse de um sonho meu, de um sonho nosso. Não contei a ninguém, nem a minha melhor amiga. Eu queria guardar tudo só para mim. Você continuou falando comigo, éramos apenas amigos, como sempre.

Minha mudança começou com enjôos, tonturas, mudanças no corpo. É, já sabem onde quero chegar com isso. Eu estava grávida, sem saber. Quando suspeitei fui à farmácia mais próxima e comprei um teste. O fiz lá mesmo. O resultado me fez chorar. A única coisa que pensei em fazer foi ligar para ele, contar tudo, éramos amigos acima de tudo, por mais que fosse complicado, estaríamos juntos nessa, foi um erro de ambos.

Ele atendeu com uma voz cansada, mas quando percebeu meu choro desesperado perguntou o que estava acontecendo. Eu apenas disse que precisava falar com ele pessoalmente. Sem perguntar mais nada ele desligou e disse que chegaria rápido, marcamos um lugar tranquilo para o encontro, um parque.

Comprei mais um teste e o fiz, esperando que o resultado mudasse, mas não mudou. Fui até o local combinado. Ele me aguardava ansioso. Estava sentado em um muro pequeno, me sentei ao seu lado, ainda chorando, e comecei a procurar palavras para dizer o que acontecia. O que aconteceu ele sabia, mas não era mais hora de fingir que nada tinha acontecido, era hora de crescermos e ter muita responsabilidade, sem querer geramos uma vira sem culpa.

Logo que contei e mostrei o teste sua reação foi mais desesperada que a minha, ele abaixou sua cabeça e chorou, chorou como uma criança, chorou sem dizer nenhuma palavra. Apenas encostei minha cabeça em seu ombro e chorei junto. Não havia mais o que fazer a não ser encarar aquilo tudo.

Contar aos nossos pais foi como um quase suicídio, mas eles se conformaram com o tempo. Nós dois estávamos mais unidos do que nunca, era apenas amizade, mas ele não saiu do meu lado em nenhum instante. Ele ficou feliz comigo ao saber que o nosso bebê era uma menina. Ele ao meu lado quando começamos a comprar roupas e móveis, quando decoramos o quarto dela. E no dia em que iríamos olhar para o seu rostinho pela primeira vez, ele quis estar ao meu lado.

Enquanto estávamos no quarto, depois que levaram nossa filha até o berçário, ele parecia nervoso e querendo dizer alguma coisa. Foi quando ele se levantou virou para a porta e disse:

- Agora que tudo está bem, eu vou embora, já fiz a minha parte.

- Como? – Eu disse, sem entender onde ele desejava chegar.

- Fiquei ao seu lado no momento mais difícil, cuidei de você até o ultimo minuto. Você sabe que eu nunca gostei de você. Não sei o que passou pela minha cabeça aquele dia, me arrependerei até o ultimo dia da minha vida. Agora eu vou embora, mas não se preocupe, vou mandar o dinheiro necessario.

Então ele abriu a porta do quarto. Eu estava chorando e mal consegui dizer.

- Mas e a nossa filha?

- SUA filha! – Ele abriu a porta e saiu. Saiu de nossas vidas e nunca mais voltou.





O nosso erro me trouxe o maior amor do mundo. Pensei que nós três seriamos felizes para sempre, é uma pena que apenas duas seremos: eu e minha filha.


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O conto não é real.



segunda-feira, 5 de julho de 2010

Uma Mensagem


Uma amizade que não me lembro como começou, mas teve um fim inesquecível. Sim, eu vou contar, mas deixe tudo em segredo, pois não quero que muitos fiquem sabendo o real motivo do meu sorriso que não sai nunca do rosto. Pois bem, vou começar a contar.

Ele sempre ia me ver no meu colégio. Ele e mais alguns amigos seus. Sempre não, às vezes, pelo menos uma vez por semana. Almoçamos juntos, acho que apenas uma vez. Nos falávamos muito por MSN. Era um amigo que eu gostava te ter e não queria perder nunca. Era um daqueles amigos que brincam nas horas engraçados e são sérios nas horas que necessitam de seriedade.

Em um dia desses qualquer, teve uma balada para ir. Sempre tinham várias. Nessa vários conhecidos iam. Fui com algumas amigas. Dançávamos sempre a noite toda, éramos sempre as ultimas da festa, mas dessa vez foi diferente. Estava chato, o pessoal foi embora mais cedo.

Minhas amigas ficaram pouco tempo lá, não agüentavam mais. Acabei ficando sozinha e liguei pra minha mãe ir me buscar. Logo que a ultima amiga foi embora, alguém me cutucou, era ele. Ufa! Não ia ter que ficar na balada sozinha até minha mãe chegar.

Conversamos muito, durante muito tempo. Algumas pessoas passavam e nos cumprimentavam, é um pouco ruim estar em um lugar com muitos conhecidos, mas é pior quando não tem nenhum.

Como o som estava auto, precisávamos falar mais auto e bem próximos um do outro. Foi assim que aconteceu. O primeiro beijo daquela noite. Me lembro como se tivesse acontecido agora. Ficamos juntos até a hora em que minha mãe me ligou dizendo que estava na porta. Demos então o ultimo beijo aquela noite para me fazer dormir feliz, ou melhor, não dormir feliz. Assim, fui embora.

Mal consegui dormir. Não sei direito o sentimento que me pegou de jeito, mas tava valendo! Eu ia sair, era um sábado qualquer. Fui tomar meu banho, quando voltei, uma mensagem dele no meu celular fez eu esquecer o que estava fazendo. A mensagem dizia:

“Eu amo você”.





Muitos acontecimentos em pouco tempo nos dão uma alegria duradoura. Tente ser feliz hoje.


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Conto real, mas a dona deseja permanecer anônima.



Você já recebeu a mensagem dele(a) hoje?

sábado, 3 de julho de 2010

Chuva na hora certa


Era apenas mais uma sexta-feira comum. E como sabemos, sextas-feiras são dias de não ficar em casa. São dias de ver os amigos e rir muito mais que o normal. Foi isso que eu tentei fazer indo me encontrar com uma amiga.

Como não tínhamos nada planejado, decidimos ir ao prédio de uma outra amiga nossa. Só de estar com os amigos o dia já melhora, nem importa o lugar. Pensei em ir para lá por outro motivo. Esse motivo era um garoto, claro. Mas, de ultima hora, minha amiga decidiu, assim, de ultima hora, ir à casa de um amigo nosso. Então fomos, já que não tínhamos nada para fazer.

Chegamos até sua casa e tocamos a campainha. Sua mãe quem atendeu a porta. Disse que ele estava dormindo. Quando descemos, ele pareceu na varanda, todo descabelado e com cara de quem tinha caído da cama, dizendo que logo descia. Nos três ficamos lá apenas esperando.

Quando ele desceu, estava todo bem arrumado, nem parecia o mesmo garoto de antes. Ele nos cumprimentou e depois passamos horas e horas conversando. Eram assuntos de todos os tipos. É incrível como o tempo passa quando nos divertimos. Mas logo veio a chuva acabando com todo o assunto e todas as risadas. Ainda bem que ele nos convidou para ir até a garagem, senão a minha recordação disso tudo seria uma bela gripe!

Ficamos mais um tempo conversando, só que dessa vez na garagem. Até que sua mãe apareceu lá dizendo para nós entrarmos. Concordamos, mas fiquei com muita vergonha.

Mais conversas e mais risadas. É, até aquele momento minha sexta-feira estava valendo a pena. Mas, quando menos esperávamos, todas as luzes se apagaram. O susto nos fez rir. Mas depois de pouco tempo a luz já estava de volta para a nossa salvação.

Como não tínhamos mais nada para fazer, decidimos assistir um filme de terror. Confesso que eu tenho medo, mas eles queriam, então acabei concordando. Sentei ao lado dele no sofá e começamos a assistir o filme.

O filme começou e eu já estava com medo. Depois de alguns minutos ele me abraçou no sofá, me senti confortada, mas mesmo assim estava com um pouco de medo do filme. Quando estava na metade do filme apenas escutávamos os comentários das minhas amigas. Elas achavam que ele ia me beijar, e parecia que não ia demorar muito.

Ele parou de assistir o filme e fixou seu olhar em mim. Retribui o olhar. Por algum tempo ficamos assim, até que o desviei. Sim, não sei o que me deu naquele momento, eu estava um pouco nervosa com a situação.

Vendo que nada havia acontecido e nem ia acontecer, uma das minhas amigas deitou no sofá e colocou a cabeça em meu colo, ele fez o mesmo, só que do outro lado. Fiquei ali de almofada até o término do filme.

Finalmente quando o filme havia acabado e a chuva passado decidimos ir embora. Nada mais aconteceu, mas acredito que a vontade ainda está no ar. Procurarei-o em um próximo dia chuvoso.





Paixões não dependem de climas, muito menos de encontros marcados. Paixões dependem, apenas, de uma troca de olhares sincera.


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A dona do conto deseja permanecer anônima. O conto é Real.



E você, já assistiu um filme hoje?

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Promessa

- Eu e você, apenas nós dois onde for. Nós e esse sentimento.- Me lembro dessas palavras como se tivesse acontecido hoje. Me lembro como se ele estivesse me dizendo agora e não como se tivesse dito isso a um mês atrás.

É, terminamos a pouco mais de vinte dias. Ultimamente ando com muitas olheiras e noites mal dormidas. Mamãe vive dizendo que existem milhões de homens, que não preciso chorar por apenas um, mas eu não consigo. Ele me abandonou e levou o sentimento bom, deixando apenas a parte ruim.

Estava sendo difícil suportar isso sozinha. Além de tudo outros problemas, que perto desse pareciam pequenos, cismavam em piorar a situação toda. Nem ir a escola eu queria mais. Não sentia vontade nem de ver meus amigos, aqueles que acabei deixando de lado por causa dele. Agora eu sentia falta das coisas que abandonei por sua causa.

Um telefonema de ultima hora conseguiu mudar meu humor, só isso mesmo conseguiria. Era ele. Dizia ter se arrependido do que fez. Que apenas precisou de um mês para pensar e repensar. Disse que não conseguia mais se ver sem mim.

Marcamos um encontro. Lá estava eu indo para o tal encontro esperando que saísse de lá caminhando de novo com ele. De mãos dadas. Quem sabe fosse apenas para conversar, mas meu coração queria mais, meu coração queria ele de novo.

Conversamos durante muito tempo. Ele me disse, novamente, que usou o tempo em que ficamos separados para pensar em tudo, me confessou que precisou desse tempo para saber que não consegue ficar sem mim. Eu apenas disse que senti sua falta, e em meio dessas palavras deixei algumas lagrimas escaparem.

Ele apenas segurou minha mão, levantou meu rosto, limpou minha lágrima e disse, com a voz mais doce do mundo:

- Sei que não cumpri direito a promessa que fiz, mas agora estou disposto a cumpri-la da melhor maneira, estando com você. Por favor, me diz que quer voltar a namorar comigo.

Olhei para seu rosto sabendo exatamente o que dizer:

- Sim.

- Eu te amo. – esse foi o som que ouvir sair da sua boca, antes do tão esperado beijo.



Quando você menos esperar, a promessa que te fizeram será cumprida.

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Já recebeu promessas hoje?