quarta-feira, 14 de julho de 2010

Sem Domir


Fechei os olhos enquanto encostava minha cabeça no travesseiro. Estava macio e gelado, como em todas as noites, mas naquela noite estava um pouco mais gelado. Eu estava com frio. Me levantei para pegar mais um cobertor. Meus passos eram silenciosos, eu não desejava acordar mais ninguém. Só que não conseguia dormir por ali.

Me deitei, novamente. Fechei os olhos e pensei. Pensei em como tinha sido meu dia. Acredito que seria lembrado sempre. Era o que o sorriso em meu rosto me fazia pensar. Aquele sorriso não me abandonava e nem deixava o sono me acalmar.

Os momentos que aconteceram durante as 12 horas anteriores passavam pela minha cabeça como um filme. Um filme romântico, muito romântico. Era como estar acordando de um sonho perfeito, aquele sonho que nos faz ficar com frio na barriga.

Duas horas se passaram desde que eu tinha deitado. É, pelo jeito o sono não queria chegar. Mas a verdade é que eu não queria dormir mesmo aquele dia. Queria pensar, pensar e pensar mais no que aconteceu e saber que tudo era realidade. Eu não tinha caído na real ainda, mas sabia que logo tudo ia fazer sentido.

Escutei o barulho da porta abrindo, fechei os olhos, rápido. Ouvi alguns passinhos, uma mão puxou a minha coberta e me cobriu direito, recebi um beijo na testa. Voltei a escutar os passos e o barulho da porta se fechando. Era a boa noite da mamãe, ela sempre ia ver se estava tudo bem e eram raras às vezes em que eu estava acordada. Mas eu não queria conversar, só queria ficar pensando sozinha e sorrindo.

Aquilo estava me consumindo de uma certa forma que eu nem lembrava mais que dia era. E eu nem queria saber que dia era. Só queria a realidade, ou a prova da realidade, a prova de que tudo aquilo era um sonho, assim eu poderia dormir, finalmente.

Mais uma hora sem sonho, mais sorrisos e até algumas lagrimas, lagrimas de felicidade. De repente, um barulho me assustou, era meu celular. O toque dele era a nossa musica, me fazia lembrar ainda mais do meu dia perfeito.

Não era uma ligação, não podia ser, deviam ser umas três da manhã. Era uma mensagem dele, que dizia: Agora você é oficialmente minha namorada, Te amo. Só assim eu consegui fechar bem os olhos e dormir como um anjo.




Só pude dormir quando soube que acordaria ainda vivendo naquele sonho. E a sua mensagem foi a prova da realidade.

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Este conto não é real.



E você, já sonhou hoje?

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