sexta-feira, 30 de abril de 2010

Só você me entende.


Abri a porta de casa. Uma mulher estava caída ao chão da cozinha. Minha mãe. Entrei em desespero. Não sabia se ligava e pedia por socorro ou se tentava acordá-la.

Minha primeira reação foi pegar o telefone, discar os números do socorro e segurar a mão dela. Tentei chamá-la calmamente, mas ela não dava nenhum sinal de que ia acordar. Eu me apavorava cada vez mais. Era uma situação em que eu nunca imaginei estar.

Vinte minutos de espera até a ambulância chegar. Parecia que horas haviam passado. O medo começava a me dominar. Não imaginava o que fazer nessa situação. Ninguém estava ali para me ajudar, ninguém. Me senti só pela primeira vez.

A carregaram na maca. Levaram-na até a ambulância. Tentavam acordá-la de várias formas. Nenhuma funcionava. As lágrimas escorriam do meu rosto como pequenas gotas escorriam das folhas. Coisas horríveis passavam na minha mente.

Enquanto levavam ela até o médico, fiquei na sala de espera. As lágrimas me acompanhavam, só elas. Uma enfermeira me trouxe um copo d’água, em seguida me contou que tinham levado minha mãe á UTI, e que ela ainda estava desacordada.

Foi quando ele entrou. Não sei quem havia lhe contado o que aconteceu. Sentou-se ao meu lado, colocou seu braço no meu ombro e apenas disse:

- Tudo vai ficar bem.

Após isso, os médicos deixaram eu entrar para ver como minha mãe estava. Entrei sozinha. Tinham muitos aparelhos ligados a ela. Aquilo causava uma impressão horrível. Me sentei no sofá ao lado da maca. Ele entrou na sala, lentamente. Sentou-se comigo e ficou apenas olhando para mim.

Meia hora se passou, me levantei e fiquei ao lado da cama. Peguei a mão da minha mãe e fiquei ali, apenas observando. Enquanto reparava nos objetos a sua volta, ela apertou minha mão. Logo depois abriu os olhos. Chamei a enfermeira enquanto sorria. Quando voltei para a sala ele me olhava como quem falasse “eu disse”.

Alguém começou a me cutucar e tudo ficou escuro. Escutava uma voz distante, que dizia:

- Acorda, acorda. O professor vai entrar na sala!

Abri os olhos, estava em uma sala de aula. Me levantei e o abracei. Não sei o que faria se ele não estivesse ao meu lado, sempre ao meu lado, ele: o meu amigo.



Amigo(a): palavra que define um ser que está sempre te ajudando, mesmo com distancia. Pode ser feminino ou masculino, e isso não muda o sentimento. Sinônimo de amigo é irmão.




Não se esqueça de agradecer ao seu amigo por sempre estar com você.


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E você, já agradeceu o seu amigo hoje? Agradeça hoje, amanhã pode ser tarde.


( Conto Especial, não se trata de paixão e sim de um outro tipo de amor. Conto de @Graziele_ms )

2 comentários:

  1. "Amigo(a): palavra que define um ser que está sempre te ajudando, mesmo com distancia." Eu te amo muito, e você é a melhor amiga que eu poderia ter, mesmo a distância. OBRIGADA!

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  2. A amizade vai sobreviver acima de tudo! é como irmão, como uma mãe ou filha como um professor luno tudo!!
    http://caminhosqueescolhi.blogspot.com/

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