sexta-feira, 23 de abril de 2010

O Jogo


Fui passar uma tarde na casa de uma amiga. Ela convidou vários amigos, alguns eu conhecia, outros não. Era um lindo dia de sábado. O céu estava limpo de nuvens. E o seu azul era intenso.

Quando todos já estavam lá, decidimos ir até a sacada, que era bem grande. Todos nos sentamos no chão, em um circulo. Conversamos por algum tempo, acabei conhecendo um menino. Achei ele bem interessante, a beleza dele também era interessante, mas nem demonstrei interesse.

Alguém inventou de jogar verdade ou desafio, acho que você deve conhecer esse jogo, né? Tudo bem, começamos a jogar. Só que mudaram as regras. Para a verdade seriam perguntas, para o desafio seriam dados. O seu desafio dependeria do numero que caíssem os dados quando a pessoa os jogasse.

Começamos a jogar. Na terceira jogada caiu em um e uma amiga. Eu perguntava, ela respondia. Mas verdade era chato, o mais legal era o desafio, ver as pessoas tendo que fazer coisas comandadas por dados. E quem não fizesse saia da brincadeira. E acreditem, estava pegando fogo.

Minha amiga desafiou um menino, e o numero que caiu nos dados foi 7. O numero 7 indicava que ele tinha que fazer massagem na nuca de quem ela dissesse. Coisa sem sentido, mas foi engraçado. Todos riamos.

De repente, caiu que um menino desafiou aquele em que eu me interessei. Ele jogou os dados e caiu 12. O significado de 12 era: Beijo na bochecha. E ele apontou para mim. Sorri e ele disse:

- Não é nada demais. – e quando foi me dar o beijo, disse baixinho – Ainda mais porque é você.

Fiquei super vermelha. Continuamos jogando, rindo e fazendo brincadeiras com os dados. Todos pediam desafio, porque era mais interessante. Ninguém estava reclamando, era só diversão.

Caiu para um menino me desafiar. O numero? 2. Adivinhem, o numero 2 significava beijo na boca, e não era selinho não. Só faltava saber com quem ia acontecer isso. Imagina se ele escolhesse um menino feio. Ele escolheu o qual me interessei. Não sei se estava com vergonha ou feliz, talvez os dois.

Era para eu ir beijar ele, mas não precisei fazer isso. Ele veio, se sentou ao meu lado, colocou uma mexa do meu cabeço atrás da minha orelha, olhou para eu, sorriu e me beijou. Todos bateram palmas, gritaram e ficaram se divertindo. Até que alguém falou:

-Tá bom, vamos continuar.

Mas o beijou continuou. Aquilo não era um desafio, não para mim.




Eu me desafiei a não me apaixonar por ele, mas perdi.


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Quem ai gosta de desafios?

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