terça-feira, 29 de junho de 2010

Meu novo Vizinho


Só mais um dia comum. Ir a escola, aguentar umas seis horas de aula, voltar da escola, almoçar e ter a tarde livre. Ah, adoro tardes livres! Mas aquele dia foi diferente dos outros.

Quando cheguei da escola, dei de cara com um caminhão de mudanças em frente a minha casa. Até me assustei, mas logo descobri que eram nossos novos vizinhos.

Fui abrir o portão para entra em casa e vi um garoto descendo do carro que estava na frente do caminhão. Ele pegou duas caixas e foi carregando-as. De repente ele percebeu que eu estava o observando enquanto entrava em casa e, quando me viu, deixou uma das caixas cair. Eu não agüentei e soltei um riso baixo, ele sorriu de volta, fazendo uma careta.

Entrei em casa. Pensei em ir lá ajudá-lo, mas eu estava com vergonha. Ele era muito bonito e, pelo jeito, parecia ser simpático. Bom, quem sabe com o tempo ficaríamos amigos, é, quem sabe.

Fiquei suspirando com meus pensamentos até pegar no sono. Acordei com o papai falando que nossos novos vizinhos vieram porque o pai foi transferido na empresa. Disse que conversou com ele lá fora enquanto eles terminavam de levar as coisas para dentro. Mamãe disse que ia convidá-los para jantar conosco amanha e eu fiquei quieta e esperando que isso acontecesse.

De manhã fui á escola. Sempre a mesma coisa. Até pensei que o meu novo vizinho ia estudar no mesmo colégio que eu, pois era o mais perto de casa, mas não o encontrei por lá. Bom, tinham outros colégios, né?

Chegando na rua de casa, vi de longe que ele estava do lado de fora sentado nos degraus na frente da porta. Olhou para seu relógio e depois voltou a olhar para frente, foi quando me viu. Ele sorriu e veio na minha direção. Coçou a cabeça, olhou para o chão e disse:

- Estou meio sem jeito...- respirou fundo e olhou de volta para mim - ...Mas vou me mudar para o seu colégio e queria saber se pode ir lá em casa me passar as matérias.

Me assustei por um instante, mas logo depois sorri e respondi que ia, só precisava avisar minha mãe. Ele me esperou do lado de fora. Mamãe deixou e então eu fui, morrendo de vergonha, mas fui.

A mãe dele abriu um largo sorriso quando me viu entrando em sua casa, me cumprimentou e disse que estava fazendo um bolo para tomarmos café da tarde. Estranho, parecia que tudo já estava planejado. Eu mal esperava para conversar mais com ele. Nos sentamos na mesa da cozinha e passei todas as matérias para ele. Foi fácil, pois ele disse que estava vendo essas coisas em sua antiga escola, então nem precisou ficar com material nenhum.

- Já que terminamos aqui, quer jogar videogame?

Como eu responderia que não? Nunca fui boa em videogames, mas eu ia jogar com ele. Claro que fui. Jogamos futebol, aventura e vários outros. Acho que nunca me diverti tanto perdendo. Deitei em sua cama de tanto rir e, antes que me levantasse, ganhei. Não, não ganhei uma partida de vídeo game, ganhei um beijo inexplicável.





Levei algum tempo procurando esse alguém, mas ele me achou primeiro e morava na porta ao lado.

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Você já prestou atenção em seus vizinhos hoje?

6 comentários:

  1. Ah , meus vizinhos são todos umas crianças... aiusasiuahsiuah Mas o conto é ótimo! *-*

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  2. ain... q fofo** adorei o conto.... *¬*

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  3. Nossa! fico muito lindo. Parabééns!

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  4. Eu não tenho sorte com vizinhos assim rs; Mas sempre penso em um dia isso acontecer haha. Ótimo texto!

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  5. Sempre escrevendo lindos contos, hein menina?! Adoro ler seus contos. O engraçado é que, não gosto de ler, mas se tratando dos seus contos, leio espontâneamente. Não, não é mentira! :D

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