segunda-feira, 7 de junho de 2010

Dessa vez foi diferente !


Festa de família, não sei nem o significado disso. Sempre tem um tio bêbado, uma tia que faz barraco, a avó que come demais e acha ruim as crianças correndo, seus priminhos achando que você tem a idade deles e que ainda gosta de brincar...Não sei, essas e outras coisas me fazem não gostar de uma festa em família, mas fui obrigada a ir naquela.

Pra tentar melhorar meu humor, pensei em levar minha melhor amiga. Ela concordou, afinal, quando estamos juntas o tempo sempre passa rápido. E também ficaríamos reparando na situação e rindo de tudo, assim eu não me sentiria perdida.

Nos arrumamos juntas. Isso sempre é divertido. Nada melhor do que passar o tempo da sua vida com as pessoas que você mais gosta. É, aquele dia, antes, seria chato, mas , com a minha amiga, ficaria bem melhor.

Chegamos na festa. Como eu estava com a minha amiga, rimos do tio bêbado, rimos do barraco, acalmamos minha avó e meus primos nem chegaram perto, porque não queríamos brincar. É, até que a festinha tava boa!

Até que, um garçom passou na nossa mesa com uma bandeja de refrigerante. Acho que o buffet tinha contratado um modelo pra ser garçom! Eu e minha amiga já nos interessamos mais na festa, afinal, não é todo dia que se tem um garçom desses te servindo.

Ficamos falando sobre ele, até eu decidir que ia falar com ele sobre ela. Dizer que ela gostou dele e que queria saber se havia uma reciprocidade. Falei bonito agora, né? Então, fui falar com ele.

Ele estava atrás do balcão. Cheguei, apoiei os braços no balcão e fiquei esperando ele se virar. Quando se virou abriu um lindo sorriso ao me ver. Só podia ser modelo contratado! Aquele sorriso deixaria qualquer menina caidinha, mas não funcionou direito comigo, só com a minha amiga que babava ansiosamente lá da nossa mesa.

Contei tudo o que estava passando, sem o papo da reciprocidade. Ele sorriu e disse que conversaria com ela. Então agradeci, voltei á mesa e contei tudo para ela, que, urgentemente, levantou-se e foi falar com ele.

Fiquei ansiosa na mesa esperando ela voltar e me contar tudo. Eles riam bastante, mas não parecia nada sério. Acredito que uma boa amizade ta bom já, né? Ainda mais com um gato daqueles, que deveria ter vários outros amigos gatos.

Quando ela voltou, se sentou e abriu um sorriso de orelha a orelha. Mil coisas se passavam pela minha cabeça, menos uma: quem ele queria não era ela, era eu. Olhei rapidamente para ele, que piscou. Minha cara deveria ser de surpresa. Minha amiga continuou sorrindo e disse que na hora do parabéns ele queria falar comigo, se desse, fora do buffet.

Chegou a hora do parabéns, minha amiga foi ao banheiro para fazer uma média e eu fui lá fora. Ele estava a alguns metros do buffet, me esperando. E quando me viu, sorriu, eu retribui. Conversamos, não por muito tempo, pois fui interrompida por um beijo.




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Vocês já acharam um garçom servindo corações?

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